Um debate que se tornou comum em tempos recentes foi sobre a confiabilidade da urna eletrônica, usada no Brasil desde 1989. O programador Bendev Junior desenvolveu uma lista com seis pontos que atestam a segurança e confiabilidade desses equipamentos. O objetivo é mostrar que uma invasão ou manipulação dos resultados das urnas é praticamente impossível.
Então será que a tecnologia usada nelas é de fato segura? Como já dito, Bendev apontou seis motivos que nos asseguram confiança no equipamento.
Bendev já foi por várias vezes convidado a comentar e revelar seu posicionamento técnico sobre o assunto, tendo em vista todas as discussões recentes em torno do tema. E foi justamente após essas incitações que o programador elaborou a lista a seguir:
“Todo ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza este teste. Nele, hackers e pessoas ligadas a tecnologia e outras áreas podem forçar algo para tentar invadir as urnas. Isso, de uma certa forma, gera uma segurança extra, porque além da visão da própria equipe, podemos ter visões externas e assim tornar esse ambiente mais seguro e menos suscetível a ataques”, explicou.
“Acredito que seja um ponto chave, pois um sistema de controle de versão de códigos é um grande avanço que permite você verificar se houve algum tipo de alteração, ou seja, mesmo que você altere um espaço do código que vem por padrão, ele pode ser identificado, tornando impossível uma alteração direta no código fonte”, pontuou.
“O TSE usa vários métodos de criptografia. Isso, além de seguro, torna os dados ilegíveis até serem descriptografados. Diante disso, não seria possível manipular algum dado sem alterar algo indevidamente”, comentou..
“O Tribunal guarda qualquer movimentação que for feita nas urnas. Então qualquer coisa que seja considerada fora do padrão, os sistemas conseguem notar e barrar essa alteração. Essa é uma camada de segurança genial que nos dota ainda mais da segurança que precisamos”, disse.
“Esse é um padrão de criptografia avançada, onde você define uma chave secreta e somente com essa mesma chave é que se torna possível descriptografarmos os dados”, explicou.
“O sistema das urnas não tem conexão externa como Wi-Fi e outros do tipo. Então, para poder invadir, esta iniciativa teria de ser interna mas, como já citei, isso não é possível por conta de algumas barreiras, como por exemplo os lacres”, reforçou.
Bendev comentou ainda que é importante relembrar que não existe sistema que não possa ser invadido. Mas, na minha visão técnica, vejo o sistema das urnas eletrônicas como seguro e com tecnologia que supre a necessidade para o papel a qual ela é destinada.
Reforçou também que as urnas contam ainda com algumas camadas de segurança. No total, segundo o TSE, são mais de 30 camadas de segurança.
Por Benedito Manoel da Silva Júnior, ou Bendev Junior, é programador, Tech influencer e empreendedor na área de tecnologia.
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