Nesta quarta-feira (3) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde o início de agosto de 2022.
Mesmo o governo criticando o Banco Central devido ao atual nível da taxa de juros, não foi suficiente para que a Selic caísse.
A cada 45 dias o comitê costuma se reunir para definir a taxa básica de juros da economia. Esta é a terceira reunião do grupo durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
É a sexta vez seguida em que o Copom se reúne e decide pela manutenção da taxa. Já o mercado não se surpreendeu com a decisão do Banco Central. Já era esperado que a taxa continuasse no mesmo patamar.
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
Para quem não sabe, a Selic vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo BC. Nele são transacionados títulos públicos federais. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic.
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Quando a taxa Selic é elevada, linhas de crédito e financiamentos ficam mais caras. Isso porque bancos e outras instituições financeiras cobram juros mais altos nessas operações. Já quando a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam mais baratos.
De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. Sendo assim, títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções. Todos esses papéis tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta. Do mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles.
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