Será que a sua empresa realmente está lucrando? Entenda esse cálculo!

Sua empresa está bem, seu produto ou serviço está com alta demanda de procura e você tem vendido muito nos últimos meses, mas quando olha a conta, não há “mais dinheiro” lá e então surge um questionamento: estou tendo lucros ou prejuízo?

Muitos empresários enfrentam essa situação e não conseguem ter essa resposta, aliás, a maioria acredita que a única maneira de enxergar o lucro é olhar para o fluxo de caixa.

Mas o fluxo de caixa é uma ferramenta responsável por medir a situação financeira do empreendimento e mostra que o empreendedor pagou as despesas da empresa, mas não esclarece se houve lucro ou não.

O consultor empresarial, Carlos Moreira, CEO da Morcone Consultoria Empresarial, com base em sua atuação auxiliando inúmeros empresários a realizar a boa gestão de suas empresas, esclarece sobre os principais caminhos para que se consiga enxergar o lucro real. 

Enxergar o lucro – por onde começar?

Inicialmente é preciso responder à seguinte pergunta: Com qual frequência você verifica a sua demonstração de resultados? Como a gestão econômica da sua empresa está sendo realizada? Essas duas ferramentas são fundamentais para todos os negócios e estes são os relatórios imprescindíveis para que você saiba se a sua empresa está tendo lucros ou não.

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Tudo tem início no constante monitoramento da demonstração de resultados. A gestão econômica ajuda trazendo a demonstração de lucros e perda da receita total avaliando um período de tempo, seja mensal ou trimestral, em comparação às despesas totais dentro do mesmo período avaliado.

Quando você subtrai as despesas da receita, conseguirá enxergar o lucro líquido do seu negócio e saberá se está tendo lucros ou prejuízos.

Em caso de receita que supera as despesas, existe lucro, já quando as despesas são maiores, se trata de prejuízo.

Essa conta inicial é a base para a gestão econômica de qualquer atividade, vale tanto para as economias pessoais, quanto para a economia de um negócio. E uma vez que o empresário consegue identificar a “ponta do iceberg” é momento de reestruturar a base financeira.

Educação em gestão financeira é o principal caminho

Já atendi inúmeras empresas, de diferentes segmentos (saúde, automobilístico, telefonia, etc.) e já cuidei da reestruturação financeira de muitos deles e um dos problemas mais comuns é a ausência de conhecimento.

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Essa falta de “base” em gestão financeira pode acontecer por inúmeras razões e, muitas vezes, está relacionada com a dinâmica de trabalho do empresário que logo abriu o negócio, iniciou as atividades e a exaustão do dia a dia o impediu de ir mais além em seus conhecimentos.

O portal Administradores esclarece que tanto profissionais quanto empresas são beneficiadas quando se dedicam à educação financeira, e os benefícios para a empresa, são:

  • Diminuição do absenteísmo e presenteísmo;
  • Redução de rotatividade;
  • Maior produtividade do capital humano;
  • Alívio da pressão financeira sobre os Recursos Humanos;
  • Melhora do clima organizacional;
  • Diminuição e conscientização sobre os gastos.

Qual o caminho para a reestruturação financeira em uma empresa?

Muitos empreendedores precisam entender que mesmo que o dinheiro esteja girando no negócio, não quer dizer que exista lucratividade. Mesmo se um negócio fatura muito, ainda assim, pode ser que o seu retorno não valha a pena ou que esteja muito aquém do que deveria.

Tudo tem início na organização, portanto, o princípio para conseguir enxergar o lucro está nas seguintes ações.

Organização das despesas

Quanto custa a sua operação? É preciso fazer o levantamento de todas as despesas, inclusive, daquelas que envolvem a infraestrutura como água, telefone, internet, etc.

Quando uma empresa funciona fisicamente e virtualmente, por exemplo, as despesas precisam ser avaliadas separadamente. Além da equipe que trabalha no local, há uma equipe que atende apenas pela internet?

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Não se pode lançar o valor em qualquer uma das duas, isso além de confundir as receitas, gera ainda mais problemas ao empreendedor no momento de enxergar o lucro.

Vamos supor que 40% da jornada de oito horas de trabalho da equipe seja dedicada ao trabalho na loja virtual, isso quer dizer que 40% do salário de cada colaborador é de custo do e-commerce.

Diferenciação entre custos fixos e variáveis

Categorizar os gastos é fundamental, assim como saber a diferença entre investimento e custo.

Custos fixos envolvem (aluguel, folha de pagamento, luz, internet, etc.) e custos variáveis são aqueles que podem variar de um mês para o outro, como é o caso de custo com embalagens, frete, etc.

Quando se categoriza os investimentos, isso ajuda o empresário no momento da tomada de decisões com base no que há de lucro líquido no caixa.

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Faturamento não é sinônimo de dinheiro no caixa

Vender não é o mesmo que receber, isso porque podem existir clientes inadimplentes, altas taxas de vendas por meio de cartão de crédito ou que englobam taxas de frete, o que recai sobre os lucros.

A Curva ABC é um dos métodos indicados para ajudar o empreendedor a identificar quais produtos realmente estão trazendo retorno financeiro e quais são aqueles que estão parados, apenas ocupando espaço no estoque e vale lembrar que: estoque parado é dinheiro parado!

Calcular a margem de lucro corretamente também é fundamental, e a margem não é apenas a diferença entre preço de compra e preço de venda, isso porque todos os custos (armazenamento, frete, embalagem, etc.) precisam estar presentes.

Mensurando o lucro

Calcular o lucro bruto é um importante indicador de lucratividade de uma empresa.

A fórmula básica para o cálculo do lucro bruto é a seguinte:

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Receita de vendas – Custo dos produtos vendidos = Lucro Bruto

Os custos dos produtos vendidos pode incluir mão de obra, materiais e custos indiretos.

A margem de lucro bruto ajuda a analisar qual a porcentagem de lucro que o negócio está mantendo em comparação com o custo do produto, a fórmula é a seguinte:

Lucro bruto/receita de vendas = margem de lucro bruto

Se a porcentagem for mais alta isso significa muitos lucros em comparação ao custo do produto. Abaixo de 50% pode indicar que o produto está custando mais da metade da receita de vendas.

Se a porcentagem for menor, será preciso analisar se o volume de vendas é alto o suficiente para cobrir as despesas.

A análise por alguns meses pode ajudar o empresário a ter dados o suficiente para iniciar uma melhora nos processos e na eficiência de seu negócio.

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Como posso começar?

O primeiro passo é encarar a realidade do caixa da empresa e, depois disso, pensar em maneiras de reestruturar a gestão financeira, para isso, contar com a ajuda de um especialista é fundamental.

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Leonardo Grandchamp

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