Chamadas
Planejamento previdenciário: O que é, qual o valor e quem deve fazer?
Você sabia que pode aumentar de forma significativa o valor da sua aposentadoria com o planejamento previdenciário? O planejamento de aposentadoria é a maneira de saber como obter o melhor benefício do INSS.
Você sabia que existe a possibilidade de pagar menos como contribuição ao se organizar para dar entrada no benefício?
Após a reforma previdenciária em 13 de novembro de 2019, criando com isso a Nova Previdência, onde as regras de aposentadoria foram drasticamente alteradas, se tornou essencial a realização do planejamento previdenciário aos segurados do INSS.
Este serviço permite não apenas você saber qual o maior benefício do INSS a ser alcançado, mas principalmente a sua melhor aposentadoria.
Com a orientação correta e especializada, é possível alcançar vantagens consideráveis ao solicitar a aposentadoria no INSS.
Um especialista deverá analisar toda a sua documentação, e com isso trazer um estudo completo de quando será o momento de atingir a sua melhor aposentadoria.
E, mesmo que já esteja recebendo o benefício, pode revisar o valor recebido e entender se ele é mesmo a melhor opção para seu perfil e histórico de contribuição.
O planejamento de aposentadoria é essencial para autônomos e facultativos, onde saberão qual o melhor momento para aposentar-se e o quanto devem contribuir ao INSS.
Porém, com a reforma previdenciária ele se mostra também indispensável para o trabalhador celetista.
Quer saber o que é e como funciona o planejamento previdenciário em 2022? Quer obter a melhor aposentadoria do INSS?
Então, acompanhe este conteúdo até o fim e descubra tudo sobre a estratégia que pode mudar para sempre a sua aposentadoria.
O que é planejamento previdenciário?
Planejamento previdenciário é uma estratégia de análise das informações do contribuinte com o objetivo de determinar o melhor momento para solicitar a concessão de aposentadoria.
Feito através de um estudo documental de toda atividade do trabalhador junto ao INSS, é estabelecido se já é o melhor momento de se aposentar, ou se ainda não for o momento, quando será, por quanto tempo deverá contribuir ao INSS e por quais valores.
Sendo assim, é permitida uma avaliação aprofundada sobre as reais possibilidades às quais o filiado tem direito, entendendo qual delas é a mais interessante para seus propósitos com o benefício.
Assim, o planejamento torna possível saber qual tipo de aposentadoria é mais vantajoso para o solicitante no menor espaço de tempo possível.
O planejamento é um estudo minucioso de como (e quais valores) recolher, quando se aposentar, com quanto irá se aposentar e quais valores poderá receber se antecipar a sua aposentadoria antes de atingir um valor mais alto.
Nem sempre o melhor benefício é o maior.
Em muitos casos o segurado acredita que o melhor é esperar, mas ele está perdendo dinheiro ao adiar a sua aposentadoria, como existem casos em que se ele esperar poucos meses ou anos pode dobrar o valor do benefício.
Planejamento previdenciário é diferente de uma simples análise previdenciária.
No planejamento de aposentadoria analisamos o custo X benefício, com o cálculo da idade, tempo de contribuição, carência.
Sendo estes apenas os primeiros passos do estudo.
Na análise previdenciária é realizado apenas um cálculo simples destes 3 fatores (idade, carência e tempo de contribuição).
O planejamento previdenciário trabalha não apenas com a situação presente, mas também com passado e futuro.
Analisa se existe a possibilidade de se aposentar em regra anterior, nas regras de transição atuais e também na regra atual permanente trazidas pela reforma da previdência em 2019.
São feitas projeções pretéritas e futuras, com o recolhimento conforme a realidade do trabalhador, e considerando a evolução dos seus rendimentos mensais.
Enquanto na análise previdenciária é trabalhado apenas a situação presente, sem a evolução dos seus recolhimentos futuros.
No planejamento previdenciário existe uma análise específica da documentação, observando se é possível indenizar períodos trabalhados e não recolhidos, retificações (correções) no CNIS (cadastro nacional de informações sociais), tempo trabalhado em regime próprio e suas CTC (certidão do tempo de contribuição).
Outro ponto muito importante nesta análise é o período especial trabalhado, com a conversão de período especial em comum, com base nos PPPs (perfil profissiográfico previdenciário).
Na análise previdenciária o profissional observa apenas os dados que estão no CNIS e faz o cálculo do tempo de contribuição e valor a ser recebido por um software.
O próprio site Meu INSS faz isso.
No planejamento previdenciário o profissional irá lhe trazer os caminhos para atingir o melhor benefício, ou seja, sua melhor aposentadoria.
Na análise previdenciária, como a do site Meu INSS, apenas lhe trará as respostas sobre a possibilidade ou não de se aposentar, o momento e o valor.
Planejar a aposentadoria pode ter vários caminhos. Para isso, você precisa saber com clareza qual é o seu objetivo com o benefício.
Além disso, observe qual o impacto que o seguro previdenciário tem sobre sua vida.
No futuro, essa será sua única fonte de renda? Quanto você precisa para manter amanhã as mesmas contas de hoje?
Deve entender, ainda, de que forma o seu histórico de contribuição à Previdência Social vai colaborar para alcançar seus objetivos.
Assim, compreender esses aspectos é parte fundamental do processo para planejar a aposentadoria.
Para que serve o planejamento previdenciário
Planejar a aposentadoria tem como função central encontrar o melhor benefício de acordo com o histórico de contribuições do filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Dessa forma, o plano analisa as possibilidades para o contribuinte considerando seu perfil, recolhimentos e objetivos.
Com as recentes mudanças na Previdência Social, várias regras e requisitos para a concessão da aposentadoria foram modificados.
Por isso, é fundamental entender como quem já contribui pode obter resultados melhores com as novas exigências para se aposentar.
A Reforma da Previdência de 2019 – Emenda Constitucional (EC) 103/2019 – fez com que alguns benefícios deixassem de existir para novos filiados.
É o caso da aposentadoria por tempo de contribuição, por exemplo.
No entanto, quem já estava filiado ao RGPS pode ter direito adquirido antes da promulgação das novas regras, que ocorreu em 13 de novembro de 2019.
Se não for o caso, ainda pode se enquadrar em uma das regras de transição dos benefícios do INSS.
Para saber qual a melhor forma de se aposentar após a Reforma da Previdência, é necessário fazer um detalhado planejamento.
Como gosto de lembrar, com o fim da desaposentação, a aposentadoria se tornou um benefício previdenciário “para sempre”, e por isso é de suma importância que faça a análise técnica antes de pedir “às cegas” sua aposentadoria.
Quem deve ter um planejamento previdenciário?
Todo segurado do INSS é aconselhável fazer o estudo. Seja este segurado celetista ou autônomo/facultativo, é muito importante não pedir a aposentadoria no escuro, e nem fazer os recolhimentos desta maneira.
Ele é importante para os contribuintes que:
- Estão longe de se aposentar
- Estão perto de se aposentar
- Já deram entrada na aposentadoria
- Já se aposentaram.
Se a aposentadoria ainda está distante, fazer o planejamento será muito mais fácil e acertado.
Hoje no escritório, pessoas de todo o Brasil, na faixa dos 35 anos nos procuram para realizar este serviço. O que antes não era uma realidade, pois apenas o trabalhador próximo da aposentadoria passava a se preocupar com seu futuro.
O planejamento quanto mais cedo for realizado melhor, porém, para quem está próximo do pedido eu hoje ouso dizer: deveria ser obrigatório. A maioria das pessoas se arrependem ao não fazer, percebem que o custo é muito baixo e o investimento será muito vantajoso.
Assim, será possível entender qual o melhor caminho a seguir em valor de contribuição e periodicidade para alcançar o benefício desejado.
Para os filiados do RGPS que estão próximos de se aposentar, o plano fará correções a tempo, se necessário, avaliando qual alternativa é a mais interessante para o contribuinte.
Além disso, fará com que a solicitação seja mais adequada e assertiva para obter o benefício.
No caso daqueles que já encaminharam a solicitação ao INSS, o planejamento será importante para verificar se os procedimentos estão corretos dentro das possibilidades que o contribuinte tem.
Por fim, o planejamento da aposentadoria beneficia até mesmo quem já está aposentado.
Com a avaliação correta de toda a documentação, perfil e direitos, é possível descobrir se o benefício concedido é o mais vantajoso a que o contribuinte tem direito.
Se não for, pode ser solicitada a sua revisão.
O planejamento previdenciário ainda é necessário depois da reforma da previdência?
Recebi essa pergunta de uma amiga, a Sra. Maria Rita, que mora em Manaus e nos contratou para a realização do seu planejamento previdenciário.
E afirmei: “após a reforma da previdência ele se tornou ainda mais necessário”.
Com a reforma da previdência, as regras para a obtenção do benefício e também do cálculo foram modificadas, e hoje existem até 3 possibilidades para o segurado do INSS:
- Regra anterior a 13/11/2019 (para quem já tinha direito adquirido – MUITOS nem sabem que tinham direito!)
- Regras de transição
- Regra permanente
No caso da senhora Maria Rita, ela já tinha 30 anos de contribuição antes da reforma da Previdência.
Nós calculamos o seu benefício pela regra antiga, que ela achava mais favorável por descartar os 20% menores salários de contribuição após julho de 1994.
Seu benefício seria de R$ 2.800,00 aproximadamente.
Porém, ela não sabia que se continuar trabalhando por mais 17 meses, seu benefício irá superar R$ 4.300,00, mesmo com a inclusão dos 20% menores salários de contribuição.
Uma diferença de R$ 1.500,00 por mês.
Se considerarmos que em 17 meses ela teria recebido o benefício pelas regras antigas um total de R$ 50.400,00 (sem atualização e já contando o 13º salário), em cerca de 31 meses este valor seria recuperado (considerando dois 13ºs salários).
Por isso é de suma importância realizar este serviço após a reforma da previdência, pois não apenas as regras de concessão mudaram, como principalmente o cálculo.
Após a reforma da previdência o planejamento de aposentadoria se mostrou ainda mais necessário, pois novas regras de concessão e cálculo foram criadas.
Ele encontra o melhor momento, melhor cálculo e a melhor maneira de conseguir a sua aposentadoria.
3 principais benefícios de um planejamento previdenciário em 2022
A análise do perfil do contribuinte e a relação com as possibilidades previdenciárias trazem várias vantagens.
Pode ser que, ao fim do processo, o filiado perceba que as alternativas encontradas sejam as mesmas que ele já havia imaginado antes.
Mas, também é possível ter grandes benefícios com o estudo, trazendo ganhos reais à aposentadoria.
Confira, a seguir, algumas das principais vantagens de fazer o planejamento previdenciário:
1. ADEQUAÇÃO DA APOSENTADORIA
O segurado que realiza o planejamento de aposentadoria vai saber exatamente o valor que irá receber do INSS, seja ele futuro ou atual.
Com isso, irá adequar sua aposentadoria ao que necessita para seus gastos após aposentar-se.
Ele vai planejar seu futuro de acordo com este serviço.
Além disso, o planejamento permite entender se um benefício pode ser mais rentável, rápido ou barato do que outro, por exemplo.
Então, planejar a aposentadoria é importante para entender qual formato é o mais adequado para cada contribuinte.
2. POSSIBILIDADE DE APOSENTADORIA MAIS ALTA
Nem sempre o resultado apresentado pelo INSS é o que realmente corresponde à sua trajetória como contribuinte.
Infelizmente, é comum que o instituto responsável pelo RGPS deixe de registrar ou registre equivocadamente algumas contribuições.
Pode acontecer, ainda, de os responsáveis pelos recolhimentos – como empresas contratantes – não pagarem ou não repassarem de forma adequada os valores para o INSS.
Portanto, na conta final da concessão da aposentadoria, podem estar faltando dados importantes para o cálculo do benefício.
O resultado é um salário de benefício (SB) menor do que filiado realmente deveria receber.
Assim, para saber o real SB ao qual você tem direito, se faz necessária uma profunda análise do seu histórico como contribuinte.
Isso é feito, é claro, no planejamento de aposentadoria.
3. POSSIBILIDADE DE CONTRIBUIÇÃO MENOR
Em alguns casos o trabalhador (exceto celetista) poderá até mesmo diminuir o valor do seu recolhimento mensal e mesmo assim obter a maior e melhor aposentadoria.
Isso será analisado de acordo com seu CNIS e as projeções futuras de benefício.
E eu colocaria um quarto item: a aplicação do melhor benefício, trazendo ao segurado a certeza que lhe foi aplicada a melhor regra do INSS.
Quando o planejamento previdenciário deve ser elaborado?
Eu indico para todos os autônomos, independente do tempo de contribuição atual.
Pois quanto mais cedo, maiores as chances de trilharmos um caminho para atingir seu melhor benefício do INSS.
E principalmente para quem está prestes a se aposentar ou já preenche os requisitos da aposentadoria, independente de ser registrado (celetista), contribuir por conta própria (autônomo ou facultativo) e donas de casa.
Essencial realizar o planejamento antes de pedir o benefício ao INSS.
Como é feito o planejamento previdenciário?
O planejamento de aposentadoria é um processo realizado em quatro etapas. Acompanhe em detalhes e veja como elas funcionam:
QUALIFICAÇÃO DOS DADOS
O primeiro passo do planejamento previdenciário é a obtenção de todos os documentos que fundamentam o pedido de aposentadoria:
- CNIS
- Carteiras de Trabalho
- Guias de recolhimento
- Certidão do tempo de contribuição de regime próprio
- Alistamento militar
- Certidão de escola técnica
- PPP (perfil profissiográfico previdenciário
- Comprovantes documentais que atestam o período rural
Dentre outros que serão analisados pelo advogado, para que possa filtrar quais são relevantes no pedido, quais precisam ser corrigidos (ex: PPP fora dos termos aceitos pelo INSS) e também quais precisam ser retificados no sistema do INSS (ex: salário de contribuição em valor menor que o recolhido).
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO
Após a análise documental, o especialista irá fazer um relatório de como chegar na aposentadoria desejada pelo trabalhador, ou a indicação do melhor benefício a ser concedido.
Este relatório deve não apenas apresentar datas e valores, mas os caminhos a serem seguidos.
ANÁLISE DO RELATÓRIO
Como algumas vezes os segurados não possuem conhecimentos técnicos, alguns caminhos podem deixá-lo confuso.
O profissional que realizar o planejamento previdenciário deve sanar todas as suas dúvidas, fazendo a análise para o cliente.
CONCLUSÃO DO RELATÓRIO
De forma objetiva explicar ao trabalhador como atingir a aposentadoria desejada.
A conclusão é um resumo do melhor caminho para obter a sua tão esperada aposentadoria. Normalmente o profissional entrega o planejamento de aposentadoria em PDF ou impresso ao contratante.
Posso fazer meu planejamento previdenciário sozinho?
Existem cursos de planejamento de aposentadoria, mas principalmente após a reforma da previdência, eu não te aconselho fazer sozinho.
A não ser que tenha conhecimento vasto no tema, pois é um serviço extremamente técnico.
Muito importante saber que o simulador do INSS é ótimo, mas existem cuidados a serem tomados.
Recomendo ele como um apoio ao cidadão, mas ele não é um planejamento de aposentadoria, é apenas uma análise previdenciária apenas.
Também participei de uma matéria para a CNN e outra para o UOL sobre este tema, e pude explicar os pontos favoráveis e contrários do simulador.
Na matéria do UOL expliquei sobre a utilização para quem está próximo da aposentadoria.
O simulador de aposentadoria do INSS é um robô, por isso ele faz uma simulação apenas com o que está no sistema.
Este robô não percebe erros no CNIS, períodos especiais, tempo trabalhado em ambiente rural, dentre outros. Por isso, cuidado.
Quem tem capacidade para fazer um planejamento previdenciário
Como você pôde perceber, o planejamento de aposentadoria é um trabalho complexo, que analisa dados variados sobre o contribuinte.
Além de verificar o perfil e histórico do filiado, cruza dados da Previdência Social e estuda as estratégias para fazer com que o caminho percorrido pelo contribuinte até a sua aposentadoria seja o mais rápido e menos custoso possível.
Por isso, é necessário que profissionais devidamente habilitados e experientes em Direito Previdenciário possam comandar os processos do planejamento.
Quanto custa um planejamento previdenciário?
Depende da complexidade do caso, e também da qualificação do profissional, sua experiência na área, o tempo que está no mercado, quantas horas serão necessárias para a elaboração, dentre outros.
Mas fica em torno de meio a 5 salários mínimos.
Recomendo fazer, pois este valor é facilmente recuperado pelo segurado em razão da melhor aposentadoria concedida.
Conclusão
Vimos neste texto que o planejamento previdenciário é uma análise aprofundada sobre as possibilidades que o contribuinte têm para se aposentar, levando em conta seu perfil e histórico de contribuições, além dos objetivos para o futuro.
Para que esse minucioso estudo seja realizado, é necessário entender sobre as contribuições recolhidas e sobre as regras da Previdência Social que se aplicam ao filiado.
Na hora de fazer o seu, não dispense o auxílio de quem mais entende do assunto.
Não entenda o planejamento de aposentadoria como um gasto, pois se trata de um investimento, facilmente recuperado pelo trabalhador com o recebimento de uma aposentadoria mais vantajosa.
Para isso, conte com um advogado previdenciário da ABL Advogados.
Com amplo conhecimento e expertise em direito previdenciário, temos a melhor solução em planejamento de aposentadoria para você.
Entre em contato e descubra como podemos te ajudar na busca pelo melhor benefício do INSS, pois ele irá trazer:
- Um benefício mais alto;
- Um benefício que pode ser mais rápido;
- O cálculo mais vantajoso;
- A regra mais vantajosa;
- Os recolhimentos previdenciários adequados a sua expectativa de renda;
- Os documentos certos a serem levados ao INSS;
- As correções a serem feitas na documentação que o INSS tem em seu sistema.
Dica Extra do Jornal Contábil: Compreenda e realize os procedimentos do INSS para usufruir dos benefícios da previdência social.
Já pensou você saber tudo sobre o INSS desde os afastamentos até a solicitação da aposentadoria, e o melhor, tudo isso em apenas um final de semana? Uma alternativa rápida e eficaz é o curso INSS na prática:
Trata-se de um curso rápido, porém completo e detalhado com tudo que você precisa saber para dominar as regras do INSS, procedimentos e normas de como levantar informações e solicitar benefícios para você ou qualquer pessoa que precise.
Não perca tempo, clique aqui e domine tudo sobre o INSS.
Original de ABL Advogados
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Chamadas
Hora Extra: Quem Pode Fazer e Quais as Regras?
Veja se qualquer profissão oferece essa possibilidade

Seja por conta da alta demanda de trabalho, erros na gestão de tempo ou até mesmo pela vontade dos funcionários em complementar a renda, as horas extras são muito comuns nas empresas. E elas são asseguradas por lei, mas existem regras para isso.
A hora extra é um recurso que a empresa e o trabalhador possuem para possibilitar a extensão esporádica da jornada de trabalho. Algumas empresas tratam esse tema como regra, e outras proíbem totalmente por receio do descontrole financeiro sobre a folha de pagamento.
Tanto a Constituição Federal quanto às Leis trabalhistas garantem o direito ao empregado, no entanto existem regras e modalidades, bem como o tipo de regime de trabalho e até mesmo características específicas de cada turno.
Essas diferenças precisam ser de pleno conhecimento do departamento de recursos humanos para auxiliar a empresa e seus funcionários.
Mas toda profissão tem a liberdade de fazer isso? Sim, de modo geral, todo trabalhador possui direito a hora extra. Como seu próprio nome diz, a hora extra, é o tempo trabalhado além da jornada normal de trabalho.
Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada normal de trabalho tem uma duração máxima de oito horas diárias, respeitando o limite de 44 horas por semana.
No entanto, apesar de ser um direito da maioria dos trabalhadores, é um equívoco acreditar que todo profissional pode fazer hora extra.
Nesse sentido, é importante esclarecer que existem sim alguns trabalhadores que não possuem direito às horas extras, e é sobre eles que falaremos a partir de agora!
O que é a hora extra?
A hora extra se refere ao tempo adicional que um funcionário trabalha além da sua carga horária diária, estabelecida em seu contrato de trabalho. Ou seja, sempre que a jornada diária do colaborador for ultrapassada, ele terá direito de receber horas extras.
Conforme expresso no artigo 58 da CLT, a jornada de trabalho normal deve ter no máximo, 8 horas diárias e 44 horas semanais. Vale lembrar que existem exceções, mas essa é a carga horária mais comum.
Outra questão importante é que a legislação determina que o máximo de tempo que um trabalhador pode cumprir de hora extra são duas horas diárias.
A CLT define, ainda, que o empregador deve pagar um valor adicional por essa hora extra trabalhada. Esse valor, em regra normalmente, corresponde ao valor da hora normal de trabalho acrescido de 50%.
Leia também:
- 10 Erros Que Levam um Escritório de Contabilidade à Falência
- MEI: 3 melhores linhas de crédito para o Microempreendedor
- Frei Gilson: Do Fenômeno Religioso à Polêmica Política nas Redes Sociais
- Endividamento das Famílias Brasileiras Atinge 76,4% e Mostra Tendência de Crescimento Constante
- Imposto de Renda: veja o que a Receita Federal sabe sobre você
Limite de horas extras por dia
O limite diário de horas extras são 2 horas e não importa o regime de trabalho. Ou seja, se a jornada de um funcionário for de 8 horas, ele poderá somar, no máximo, 10 horas de trabalho. Se forem 6 horas, ele poderá cumprir 8 horas.
Todavia, existem algumas exceções a essa regra. No caso de serviços inadiáveis, aqueles que precisam ser concluídos na mesma jornada de trabalho, sob pena de prejuízos ao empregador, por exemplo, a empresa pode solicitar que o colaborador cumpra até 4 horas extras naquele dia.
Quais trabalhadores não têm direito a hora extra?
É importante esclarecer que mesmo sendo direito da maioria dos trabalhadores, alguns profissionais não possuem direito a hora extra.
Nessa regra de trabalhadores que não possuem direito a hora extra, estão os profissionais onde não é possível fixar um horário de trabalho específico. Por exemplo, os vendedores externos.
A regra das horas extras, também costumam não valer para os profissionais que atuam em cargos superiores, como gerentes, diretores ou chefes de departamento.
Essa situação também se estende aos profissionais com cargos hierárquicos mais altos como gestores, coordenadores ou até mesmo da direção, tendo em vista que para esses trabalhadores o regime pode ser diferenciado para cada empresa.
Uma outra situação que merece atenção está relacionada aos trabalhadores em cargos que possuem jornada de trabalho parcial, que normalmente não pode fazer hora extra, dependendo do regime de contratação e do contrato de trabalho.
Outra circunstância em que não se permite a hora extra é no caso de estagiários. O estagiário também não pode ultrapassar 30 horas de trabalho semanal. Caso ocorra com frequência, a empresa poderá sofrer com ação judicial por descumprir a Lei nº 11.788/08, mais conhecida como a Lei do Estágio.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Chamadas
Veja as mudanças na ficha de “outros bens” e direitos do IR 2025
Em 2025, a Receita Federal ajustou e incluiu alguns itens a fim de dar maior transparência nas declarações

Com o prazo de entrega das Declarações de Imposto de Renda definido para 17 de março até 30 de maio, o contribuinte deve se preparar para o envio das declarações.
Todavia, a cada ano há sempre algumas alterações e este ano não foi diferente. A Receita Federal anunciou mudanças na ficha de bens e direitos para a declaração deste ano. As atualizações visam tornar a prestação de contas mais transparente possível.
Veja a seguir o que muda na ficha de “outros bens” para não errar na hora de preencher.
O que mudou na ficha de “outros bens” e direitos no IR 2025
Toda atenção na hora do preenchimento nas fichas de bens classificados em ‘outros bens’. Veja o que alterou:
- Foram criados 6 novos códigos para bens (holding, garagem, leasing…);
- 13 bens tiveram o nome ajustado para facilitar o entendimento;
- Foram extintos 3 códigos de bens e direitos;
- 11 bens passaram a ser exclusivos no Brasil – não pode exterior.
Além disso, houve a exclusão dos seguintes campos na ficha de declaração do IR:
- Título de eleitor;
- Consulado/embaixada (quando residente no exterior);
- Número do recibo da declaração anterior (quando declaração online).
Leia também:
- 10 Erros Que Levam um Escritório de Contabilidade à Falência
- MEI: 3 melhores linhas de crédito para o Microempreendedor
- Frei Gilson: Do Fenômeno Religioso à Polêmica Política nas Redes Sociais
- Endividamento das Famílias Brasileiras Atinge 76,4% e Mostra Tendência de Crescimento Constante
- Imposto de Renda: veja o que a Receita Federal sabe sobre você
Quem precisa declarar Imposto de Renda 2025?
- Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 no ano de 2024, como salários, aposentadorias, pensões e aluguéis;
- Teve receita bruta anual de atividade rural superior a R$ 169.440 ou deseja compensar prejuízos de anos anteriores com a atividade;
- Possuía bens e direitos acima de R$ 800 mil em 31 de dezembro de 2024, incluindo imóveis, veículos, investimentos e outros patrimônios;
- Passou a residir no Brasil em 2024 e permaneceu nessa condição até o final do ano;
- Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil, como indenizações trabalhistas, doações e rendimentos de caderneta de poupança;
- Obteve ganho de capital na venda de bens ou direitos sujeitos à incidência do Imposto de Renda, como imóveis e veículos vendidos com lucro;
- Realizou operações na Bolsa de Valores com movimentação acima de R$ 40 mil ou teve lucro sujeito à tributação;
- Optou pela isenção do IR na venda de imóveis residenciais, ao usar o valor da venda para comprar outro imóvel no Brasil dentro do prazo de 180 dias;
- Declarou bens, direitos e obrigações de uma entidade controlada no exterior, como se fossem de sua titularidade direta;
- É titular de um trust ou contratos similares regidos por leis estrangeiras;
- Atualizou o valor de mercado de bens e direitos no exterior, conforme a legislação vigente;
- Recebeu rendimentos no exterior, como lucros, dividendos e aplicações financeiras;
- Pagou imposto sobre atualização de bens imóveis em dezembro de 2024.
O que acontece se não declarar Imposto de renda?
Quem tiver a obrigação de declarar e não enviar a documentação dentro do prazo estará sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido, com acréscimo de juros conforme a taxa Selic.
Por esse motivo, é importante ficar atento ao cronograma e organizar os documentos para evitar problemas com o Fisco.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Chamadas
Preparação para o IRPF 2025: como evitar erros e maximizar benefícios
Visão do especialista, Murillo Torelli, professor de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

Com a proximidade do período de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025, os contribuintes devem se preparar para evitar problemas e, se possível, garantir a restituição o quanto antes. A Receita Federal ainda divulgará as regras oficiais na primeira quinzena de março, mas algumas diretrizes gerais já podem ser observadas para facilitar o processo.
Planejamento e Organização
A organização antecipada da documentação é fundamental para evitar erros e atrasos. Empresas e instituições financeiras já disponibilizaram os informes de rendimento, e os aposentados e pensionistas do INSS podem acessá-los pelo site Meu INSS. Além disso, documentos como recibos de despesas médicas, comprovantes de compra e venda de bens e informes de investimentos devem ser reunidos o quanto antes.
Outro ponto importante é manter uma cópia da declaração do ano anterior, que pode agilizar o preenchimento e reduzir as chances de inconsistências. A falta de organização pode levar à omissão de informações, um dos principais motivos para a retenção na malha fiscal.
Quem Deve Declarar?
Enquanto os valores oficiais para 2025 ainda não foram divulgados, as regras devem seguir parâmetros semelhantes ao ano anterior. Devem prestar contas ao Fisco aqueles que, em 2024, tiveram:
- Rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90;
- Rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200.000,00;
- Ganho de capital na venda de bens;
- Operações em bolsa de valores acima de R$ 40.000,00;
- Bens e direitos superiores a R$ 800.000,00;
- Receita bruta de atividade rural acima de R$ 153.199,50;
- Mudança de residência para o Brasil.
Vantagens da Declaração Pré-Preenchida
A declaração pré-preenchida, acessível por meio de conta gov.br de nível prata ou ouro, facilita o processo, reduzindo erros e garantindo maior agilidade. Em 2024, 41% dos contribuintes utilizaram essa ferramenta, que também concede prioridade na restituição. No entanto, é fundamental revisar as informações antes do envio.
Malha Fiscal: Principais Motivos de Retenção
Em 2024, 3,2% das declarações ficaram retidas na malha fiscal. As principais razões foram:
- Deduções indevidas (57,4%), com destaque para despesas médicas (51,6%);
- Omissão de rendimentos (27,8%).
Portanto, atenção especial deve ser dada às deduções, respeitando os limites estabelecidos: R$ 2.275,08 por dependente e R$ 3.561,50 para educação.
Prazo e Prioridade na Restituição
A expectativa é que a entrega da declaração inicie em 17 de março e siga até 31 de maio. Quem entrega mais cedo tem maiores chances de receber a restituição nos primeiros lotes, mas há regras de priorização:
- Idosos acima de 80 anos;
- Idosos acima de 60 anos, deficientes e portadores de moléstia grave;
- Contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
- Quem optar pela declaração pré-preenchida e restituição via PIX.
Evite Multas e Problemas Fiscais
Atrasar a entrega pode gerar multas de 1% a 20% do imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74. Além disso, inconsistências podem levar ao bloqueio do CPF e problemas na regularidade fiscal.
A preparação antecipada permite ao contribuinte não apenas evitar erros e penalidades, mas também maximizar os benefícios fiscais. Com organização, uso da declaração pré-preenchida e atenção às deduções permitidas, é possível garantir uma declaração mais segura e tranquila. O planejamento financeiro e fiscal é essencial para um bom relacionamento com o Fisco e para evitar surpresas desagradáveis no futuro.
Murillo Torelli, professor de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)
*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foi eleita como a melhor instituição de educação privada do Estado de São Paulo em 2023, de acordo com o Ranking Universitário Folha 2023 (RUF). Segundo o ranking QS Latin America & The Caribbean Ranking, o Guia da Faculdade Quero Educação e Estadão, é também reconhecida entre as melhores instituições de ensino da América do Sul. Com mais de 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pela UPM contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no