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Pandemia: Confira alguns dos principais testes para diagnóstico disponíveis no Brasil

Nenhuma nação estava totalmente preparada para enfrentar uma pandemia como a que estamos vivendo com o novo coronavírus e, por isso, a capacidade de tomar decisões rápidas e de agir com assertividade tornou-se uma competência primordial.
No Brasil, assim que o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado, os laboratórios privados iniciaram um trabalho imediato para desenvolver, artesanalmente, os testes moleculares recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), necessários para confirmação do diagnóstico dessa doença.
Desde então, foram inúmeras as ações para contribuir com a contenção do surto no país e garantir o acesso da população aos testes capazes de detectar a infecção.
“A resposta do setor privado de medicina diagnóstica no país foi extremamente rápida.
Assim que houve a confirmação da chegada do novo coronavírus em nosso território, os laboratórios trabalharam para desenvolver os kits de diagnóstico in house.
Nas primeiras semanas, processavam centenas de exames moleculares RT-PCR diariamente.
Porém, em pouco tempo já tinham capacidade para processar milhares de exames a cada 24h”, comenta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
Mesmo enfrentando dificuldades como, por exemplo, a falta de insumos – prioritariamente importados – e problemas logísticos ocasionados pela interrupção da malha aérea, esses laboratórios seguiram atuantes para ampliar a capacidade de testagem no país, desenvolvendo, inclusive, grandes parcerias com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em termos operacionais, além do desenvolvimento ágil in house dos primeiros kits de RT-PCR – exame que continua sendo apontado como o padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnóstico da COVID-19 – e do investimento na ampliação da capacidade de processamento, esses laboratórios seguiram também atentos a outras possibilidades: estabeleceram sistemas de drive-thru para coleta de amostras visando evitar aglomeração nas unidades de atendimento; participaram do Programa de Avaliação de Kits para SARS-CoV-2, uma iniciativa da Abramed em parceria com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) que está validando diferentes kits de reagentes relacionados à COVID-19 disponíveis no mercado brasileiro e disponibilizando os resultados em testecovid19.org; atuaram na melhoria dos testes sorológicos a fim de aumentar a sensibilidade e a especificidade dessas metodologias; e criaram novos métodos de exames para ampliar o acesso e melhorar a capacidade de testagem do país.
Confira alguns dos principais testes para diagnósticos o COVID-19 disponíveis hoje no Brasil:
RT-PCR
Exame molecular de alta complexidade, o RT-PCR é o teste indicado para detecção da infecção pelo novo coronavírus na fase aguda da doença, ou seja, logo nos primeiros dias após o surgimento dos sintomas.
Essa metodologia consiste na identificação do RNA do vírus na análise de amostras nasofaríngeas coletadas até o sétimo dia da infecção por meio de um cotonete estéril (swab).
Considerado o padrão ouro pela OMS devido à sua alta sensibilidade e especificidade, é o exame ideal para a contenção da transmissão do patógeno por permitir que os indivíduos infectados sejam identificados e possam permanecer em isolamento, além de garantir que as pessoas que estiveram em contato direto com esse paciente também sejam testadas e, caso apresentem resultados positivos, isoladas.
Os resultados levam, em média, 48 horas para serem disponibilizados.
Sorológicos
Diferentemente do RT-PCR, que identifica o código genético do vírus, os testes sorológicos detectam anticorpos.

Portanto, é preciso respeitar a janela imunológica (tempo que o organismo leva para produzir anticorpos detectáveis) realizando esses testes no mínimo oito dias após o surgimento dos sintomas (estudos publicados mostram que a sensibilidade desses exames aumenta após a terceira semana da infecção).
Existem diferentes metodologias de testes sorológicos. Os testes rápidos, que são realizados pela punção digital, ou seja, por um pequeno furo na ponta do dedo do paciente, são qualitativos e há grande variabilidade na sensibilidade desses kits.
Já os testes sorológicos realizados em laboratório são feitos em amostras venosas coletadas em ambiente adequado e processadas em diversas metodologias como a ELISA e a quimioluminescência, entre outras.
Esses exames, diferentemente dos testes rápidos, são quantitativos, ou seja, capazes de apontar a quantidade de cada anticorpo presente naquela amostra e realizados por profissionais capacitados, em ambientes laboratoriais com equipamentos que permitem escalabilidade e garantia da qualidade.
Hoje, após acompanhar as particularidades da COVID-19, a maioria dos laboratórios está oferecendo exames sorológicos para detecção de anticorpos totais (IgG + IgM) por acreditarem que esses exames trazem mais assertividade do que os que detectam o IgG e o IgM isoladamente.
Os testes rápidos têm resultados entregues em poucos minutos e os testes sorológicos de laboratório costumam ter os resultados disponíveis em 24 horas.
Proteômica
Assim como o RT-PCR, o teste por proteômica é realizado em amostras nasofaríngeas que devem ser coletadas até o sétimo dia do início dos sintomas para detecção da COVID-19 na fase aguda.
Porém, enquanto o RT-PCR detecta o RNA do vírus nessas amostras, o método proteômico por espectrometria de massas detecta a proteína do novo coronavírus.
Por ser totalmente automatizado, é apontado como uma alternativa ao RT-PCR e observado como oportunidade para testagem em massa e para o controle da expansão dos casos.
Considerando que a proteína é mais estável do que o RNA do vírus, o método oferece melhor estabilidade permitindo que as amostras sejam transportadas em temperatura ambiente, característica excelente para um país continental como o Brasil, onde muitas vezes as amostras percorrem milhares de quilômetros entre a coleta e seu processamento. Os resultados ficam prontos em média em três dias úteis.
Sequenciamento genético de nova geração
O Brasil desenvolveu o primeiro teste genético do mundo para detecção em larga escala do novo coronavírus utilizando a técnica de Sequenciamento Genético de Nova Geração (Next Generation Sequencing – NGS).
Com 100% de especificidade, o exame não apresenta casos de falsos positivos e oferece 90% de sensibilidade, o que também reduz drasticamente a chance de falsos negativos.
O teste é processado por amostras coletadas com swabs em contato com a região nasal ou com a saliva dos pacientes nos primeiros dias dos sintomas.
O exame é apontado como alternativa viável para diagnóstico em massa por permitir um volume de processamento 16 vezes maior do que o RT-PCR e, assim, poder contribuir para a contenção da disseminação da infecção. Os testes têm resultados disponibilizados em média em três dias úteis.
RT-LAMP
Para detecção na fase aguda da doença, o exame molecular pela metodologia RT-LAMP (amplificação isotérmica mediada por alça com transcrição reversa), assim como o RT-PCR, permite a detecção do material genético do novo coronavírus, porém em amostras de saliva dos pacientes que devem ser coletadas nos primeiros dias dos sintomas.
Com especificidade de 100%, ou seja, não gera resultados falsos positivos, o teste tem sensibilidade equiparada ao RT-PCR (baixa chance de falsos negativos) e surge como um reforço para que a sociedade brasileira possa aumentar sua capacidade de testagem principalmente por utilizar reagentes e equipamentos que não estão escassos e gerar resultados em até uma hora.
Por ABRAMED, Fundada em 2010, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica – ABRAME
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Nova subvariante da covid-19 foi identificada em Mato Grosso
A Secretaria de Saúde de Mato Grosso anunciou a detecção de uma nova subvariante do coronavírus, denominada JN 2.5, que se originou a partir da Ômicron. Este é o primeiro registro dessa subvariante no Brasil, conforme destacado pela pasta.
Em comunicado, a secretaria forneceu detalhes, explicando que o laboratório central do estado realizou o sequenciamento genético e identificou a subvariante durante uma pesquisa conduzida entre os dias 16 e 18 de janeiro. Quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para essa nova cepa e foram hospitalizadas.
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Dentre essas pacientes, três já receberam alta médica, encontram-se estáveis e permanecem em isolamento domiciliar sob a supervisão da vigilância municipal. A quarta paciente, que sofria de doença pulmonar obstrutiva crônica, faleceu.
A Secretaria de Estado de Saúde ainda está investigando o caso, ressaltando que não é possível afirmar, neste momento, que a causa da morte foi decorrente da covid-19.
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O governo estadual fez um apelo à população para evitar pânico e manter-se vigilante em relação a sintomas gripais. As recomendações incluem o uso de máscara em casos de gripe ou resfriado, a higienização frequente das mãos com sabão ou álcool 70%, e a importância da vacinação contra a doença.
A subvariante JN 2.5 não está restrita ao Brasil, sendo também identificada em outros países, como Canadá, França, Polônia, Espanha, Estados Unidos, Suécia e Reino Unido.
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Família de vítima de covid deverá receber indenização
A Justiça Federal no Amazonas determinou que os familiares de uma mulher que faleceu durante a pandemia de covid-19 devem receber uma indenização de R$ 1,4 milhão. A quantia será dividida entre os governos federal e estadual, além da prefeitura de Manaus, devido à escassez de oxigênio na cidade em 2021. A decisão pode ser contestada por meio de recurso.
Leoneth Cavalcante de Santiago foi hospitalizada em janeiro de 2021 com sintomas graves de covid-19. Seu estado evoluiu para desconforto respiratório, exigindo internação em uma UTI, mas não havia leitos disponíveis. Sem acesso a oxigênio e sem vaga na UTI, Leoneth faleceu em 15 de janeiro. Embora a família tenha obtido uma liminar judicial para garantir tratamento intensivo, a decisão não foi implementada devido ao óbito.
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Na ação judicial, os familiares de Leoneth alegaram que a morte ocorreu durante o colapso no fornecimento de oxigênio para o Amazonas, o que também resultou em numerosas mortes de pacientes no estado. Eles argumentaram que é dever dos governos assegurar serviços essenciais para a assistência à saúde. Diante desses argumentos, os familiares solicitaram indenização e responsabilização dos governos federal, estadual e municipal pela morte.
Ao julgar o caso, a juíza Jaiza Maria Fraxe afirmou que houve negligência dos governos ao não garantir o abastecimento adequado de oxigênio nas unidades de saúde e providenciar leitos de UTI. Em decorrência disso, determinou o pagamento de R$ 1,4 milhão como compensação.
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“A angústia, a tristeza, o desespero e a revolta experimentados pelo marido e pelos filhos ao saberem que sua esposa e mãe perdeu a vida asfixiada por falta de oxigênio, sem receber o atendimento necessário para preservar sua vida, são evidentes e ultrapassam a simples adversidade do cotidiano”, ressaltou a juíza.
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MS registrou 349 casos e cinco óbitos por Covid na última semana
Mato Grosso do Sul registrou na última semana cinco mortes e 349 novos casos de covid-19. Estes dados constam no boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgado nesta terça-feira (20). Segundo o levantamento existe apenas um paciente internado devido a doença no Estado.
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Das cinco mortes notificadas, três foram em Campo Grande, com um óbito em Ponta Porã e Nioaque. A Capital lidera a lista dos novos casos com 142 ocorrências, seguido por Naviraí (115), Fátima do Sul (27), Aquidauana (20), Brasilândia (5), Dourados (5), Ivinhema (4), Nova Andradina (3) e Ponta Porã (3). Ao todo 31 cidades tiveram casos confirmados.

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O boletim mostra que 1.105 pessoas no Estado estão em isolamento em função da covid e apenas um paciente está internado, em leito clínico particular. Neste ano já foram 135 óbitos no Estado devido a doença. (Confira o boletim completo)
Fonte: Governo do Estado do Mato Grosso do Sul
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