Negócios
O que mudou nas Relações de Trabalho na pandemia?

O confinamento imposto com a disseminação do coronavírus trouxe muitas mudanças para a vida das pessoas. Algumas vistas com bons olhos, outras nem tanto ou em fases de adaptação antes de um veredito final.
Entre tantas transformações desencadeadas em poucos meses, uma das mais previsíveis é em relação ao trabalho. Em constante evolução, é esperado que a forma como trabalhamos nunca permaneça por muito tempo a mesma.
As novas tecnologias e comportamentos sociais ajudam que novos modelos sejam aceitos com mais facilidade. Por isso, as incertezas do período em vez de afetar de uma forma pessimista esse setor abre uma janela de oportunidades, inclusive acaba sendo um acalento para os que já estavam sedentos por novidades.
Neste episódio da série sobre as tendências para a vida pós-pandemia, vamos abordar o que muda nas relações de trabalho. O home office veio para ficar? Empreender vai se tornar mais comum ou é só saída durante a quarentena? Enfim, entenda todas as possibilidades que a crise oferece.
Aqui você pode conferir nosso texto que fala sobre como a pandemia afeta a abertura da sua empresa, além de todos os demais impactos do plano do governo nas empresas e na economia brasileira.
Neste artigo você vai ver:
- Escritório em casa ou onde bem entender
- Suporte estrutural e emocional
- Mapeamento de oportunidades e tendências no mercado de trabalho
- Novas contratações, empreendedores oportunistas e outras saídas
- Atitudes e comportamentos
- Diferentes perspectivas, principais mudanças e futuro do cenário nacional
Escritório em casa ou onde bem entender
Trabalho remoto, trabalho à distância, trabalho portátil, teletrabalho ou home office (escritório em casa, em tradução livre). Esses são alguns dos termos utilizados para designar o trabalho sendo feito em um local alternativo ao escritório da empresa, não necessariamente em casa.
Em tempos de quarentena, o trabalho ficou restrito ao lar. Praticamente da noite para o dia, profissionais e empresas que tinham condição para a modalidade fizeram as suas mudanças. Problemas de espaço na casa dos trabalhadores ou falta de documentos em nuvem das organizações não foram empecilho para a adaptação necessária.
O que deveria ser algo planejado em um futuro próximo, logo se tornou uma realidade forçada para alguns. Aos poucos, a organização colocou as coisas nos eixos. Dicas sobre produtividade ou formas de como se comportar no home office com ou sem filhos proliferaram a internet.
Além de produtividade, flexibilidade, comodidade qualidade de vida ou redução de custos, outras infinitas possibilidades surgem com o trabalho remoto em um mundo em que as distâncias conseguem ser progressivamente encurtadas. As empresas ou as pessoas não vão mais precisar ficar restritas aos grandes centros urbanos ou metrópoles.
Isso porque os talentos poderão ser encontrados em qualquer lugar do mundo. As relações podem ficar mais dinâmicas e acessíveis, sendo o fim para o problema de mão de obra escassa e, ao mesmo tempo, uma vantagem competitiva. A busca por tranquilidade no interior ou por uma experiência no exterior pode se tornar mais real sem a preocupação em ter que abandonar a segurança de um emprego.
Suporte estrutural e emocional
Cada vez mais, o movimento para ver significado e entender o trabalho como parte da vida se intensifica. Observando a tendência, antes da quarentena, algumas empresas já desenvolviam a tal cultura de startup. Ou seja, procuravam atender propósitos alinhados com inovação e evolução. Uma das formas encontradas para isso era melhorando o design e conforto dos ambientes de trabalho até dando suporte em outras áreas, como educação, bem-estar e fitness.
Agora, com o confinamento, o suporte estrutural e emocional podem continuar com outras estratégias, pensando em maneiras de minimizar a sensação de isolamento no home office, notada antes mesmo da pandemia pelos os que já tinham aderido ao modelo. É mais uma chance das companhias serem lembradas no futuro pela forma como se portaram em uma época de crise.
O compromisso de evitar demissões pode vir com outras ações que colaboram com a unidade e conexão de todos, além do conforto e produtividade. Por exemplo, o Nubank, desde o início, providenciou cadeiras ergonômicas a todos que estavam em suas casas. A Natura também teve iniciativas parecidas se prontificando em fornecer notebooks para os que utilizavam desktops ou dando licença remunerada para o grupo de risco que precisava manter as atividades presencialmente.
Já a Involves migrou os benefícios antes oferecidos presencialmente, como ioga, pilates, aulas de espanhol e inglês e ginástica laboral, para os canais digitais. A startup Zoop montou um cronograma para motivação e integração. Nele, estão incluídas algumas atividades, entre elas atendimento médico, conversas sobre a rotina e até happy hour com DJ ao vivo online.
Por sua vez, o LinkedIn e a Loft adotaram algumas medidas para acompanhar a saúde emocional. Os colaboradores são incentivados a conversar com psicólogos e terapeutas de forma online. O objetivo é ajudar todos no gerenciamento do estresse e ansiedade que podem ser desencadeados neste momento.
Obviamente, todas ações podem ser estendidas para além deste período. Paralelamente, ao apoio das empresas, existem as movimentações das próprias pessoas com projetos de transformação do espaço em algo mais aconchegante. Para isso, vale o investimento em pequenas ou grandes reformas, alguns ajustes aleatórios ou apenas novos detalhes para decoração.
Os dados da pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Konduto, coletados entre 1º de março e 30 de abril, comprovam essas novas inclinações. O período registrou aumento de 23,61% no número de vendas online de móveis e itens de decoração, atrás apenas de calçados, bebidas, supermercado e artigos esportivos, porém à frente do setor de moda.
Mapeamento de oportunidades e tendências no mercado de trabalho
Provavelmente, para a maioria tudo tenha acontecido de última hora. Ou quase tudo, o que implica dizer que os que estavam minimamente preparados ficaram menos suscetíveis aos efeitos das mudanças.
Por isso, a cautela de acompanhar os desdobramentos do vírus precisa ser proporcional a importância de identificar os desdobramentos no mercado de trabalho. Depois que tudo isso passar, como será o “novo normal” para as indústrias e mercados? Quais setores permanecem ou desaparecem, mudam ou crescem? Quais são as profissões e habilidades do futuro?
Não existe uma resposta ou segredo para nenhuma dessas perguntas, apenas alguns indícios. O inegável é que todos estão em uma realidade digital sem volta, as tecnologias continuam sendo desenvolvidas em um ritmo acelerado. Os que estão sobrevivendo ao cenário atual devem começar ou continuar os investimentos em produtos, serviços e experiências digitais.
Os profissionais híbridos são uma tendência também diante da necessidade de talentos que sabem combinar experiência em negócios e habilidades em tecnologia. Mesmo sem saber ainda qual será o seu destino, seja como empreendedor, contratado de uma empresa ou ambos, a perspectiva deve levar em conta a capacidade de definição de uma estratégia de “aprendizagem ativa”.
Essa já era considerada uma competência importante para os profissionais em 2022, segundo o World Economic Forum em sua pesquisa sobre o futuro do trabalho, lançada em 2018. A pandemia de COVID-19 apenas antecipa essa e tantas outras tendências.
Nos primeiros dias da quarentena, o volume de cursos, podcasts, palestras e todo o tipo de conteúdo dos mais variados formatos e temáticas parecem que ficaram mais próximos ou evidentes para todos. A partir disso, a aprendizagem ativa pode começar a dar os primeiros passos em sua estratégia.
Com foco e clareza, é possível definir os objetivos com o aprendizado e ter um horizonte para os cursos online. Dessa forma, você pode criar um projeto pessoal ou profissional para uma nova habilidade que deseja desenvolver ou aperfeiçoar.

Novas contratações, empreendedores oportunistas e outras saídas
Estar atento e qualificado para o mercado de trabalho facilitam as recolocações. Neste momento de pandemia, muitas empresas menores não tiveram outra alternativa sem ser a demissão.
Diante desse cenário, a necessidade levou muitos trabalhadores a empreender. Os que já eram dono do seu próprio negócio viram a importância de reinvenções para sobrevivência durante o isolamento. Em ambos os casos, a capacidade de ter olhares clínicos é o diferencial para captar as novas tendências e oferecer serviços ou produtos condizentes com a nova realidade.
Enquanto isso, outros ainda conseguem aspirar por posições em setores em que as contratações não param. É o caso das varejistas, marketplaces e startups. Um dos catalisadores disso é justamente a crise, graças a expansão das vendas online. Por isso, existe o aumento da procura por profissionais nas áreas de desenvolvimento de software, produto, marketing digital e logística.
Além disso, também existem oportunidades para uma transição de carreira ou investimento em uma pela primeira vez. Já faz um tempo que as profissões não são mais previsíveis e lineares. As empresas observam isso e substituem ou criam cargos nesse processo migratório que aposta em automação e digitalização.
Pensando justamente nisso, o momento é propício para as indagações sobre trajetórias profissional. Com mais tempo livre e a educação à distância cada vez mais presente como opção, as pessoas podem começar a investir em algo que tenham interesse para desenvolvimento.
Para qualquer um dos perfis ou escolhas, o que vai falar mais alto é a capacitação profissional para acompanhar as novas tendências, ou seja predisposição para passar por atualizados ou aquisição de novas habilidades.
No entanto, mesmo com disciplina e resiliência, ainda existe uma camada da sociedade distante dessas conversas sobre futuro do trabalho, especialmente o digitalizado considerando que muitos nem possuem acesso à internet ainda.
Para equalizar as desigualdades sociais, em uma realidade em que já era discutido informalidade e precarização do trabalho, o pagamento do auxílio emergencial durante a quarentena reacende os debates sobre renda básica universal (RBU).
A visão é que os programas de renda mínima possam garantir a subsistência, enquanto as pessoas se encontram no mercado profissional. Esse recurso deve deve oferecer possibilidade de acesso à internet e condições para pensar outras coisas longe da miséria.
Atitudes e comportamentos
“Não são os mais fortes nem os mais inteligentes, mas os mais adaptáveis à mudança que sobrevivem” ou “nunca desperdice uma boa crise”, frase popularizada pelo primeiro ministro britânico Winston Churchill (1875-1965). Em diferentes contextos históricos, as duas verdades simplificam as necessidades da atualidade.
As pessoas e empresas que antes não tinham as mudanças no radar perceberam alguns dos benefícios, muitos outros ainda serão notados quando os ânimos acalmarem e todas peças forem recolocadas ou rearranjadas em seus devidos lugares no pós-pandemia.
O futuro do trabalho não se resume em home office e nem as ferramentas tecnológicas sozinhas serão suficientes. Organização, criatividade, colaboração e aprendizado são elementos fundamentais para nortear as tomadas de decisões.
Passar por uma crise implica em reconhecimento da mesma, transparência, comunicação, observação e buscas por conhecimento colaboram para minimizar os impactos negativos do período, e também ajudam que as tentativas sejam bem-sucedidas.
Muitos estudam os próximos passos ou apenas continuam na trilha que já está sendo traçada. É o caso do Twitter que declarou antecipadamente a permissão para os contratados continuarem de maneira remota depois da pandemia se assim desejarem.
Ou as empresas que continuarão com os diferentes incentivos adotados, somente agora, para capacitação profissional, bem-estar e saúde emocional. A tecnologia usada para atender essas demandas mostra que o distanciamento não é um empecilho e nem representa isolamento do convívio social. Prova disso, é que o uso de inteligência artificial e gamificação de conteúdo têm melhorado a curva de aprendizado, ao mesmo tempo em que deixa fluxo mais realista e dinâmico.
Com tudo isso em mente, a retomada não significa ter o controle de tudo, as previsões e tendências apenas são sugestivas e bons termômetros para o desenho do futuro. A verdade é que o otimismo depende do ponto de vista de cada um. A pandemia antecipou muitas necessidades e trouxe muitas oportunidades para a revolução tecnológica em que vivemos, agora também revolução do trabalho.
Nesse contexto, os profissionais se viram com chances para melhorarem como pessoa e profissionalmente. Para desenvolver a adaptabilidade exigida, foi necessário uma percepção de valores e cenários para captação de habilidades.
Aos poucos, o profissional do futuro acelerou a aquisição de diversas competências. Entre elas: consciência emocional, inovação, criatividade, autonomia, concentração, produtividade, consciência de qualidade de vida, tomada de decisões, colaboração, sociabilidade, solidariedade e pensamento crítico.
Portanto, mesmo diante de incertezas ou inseguranças, a crise só representou uma chance para sair do automático e prestar mais atenção nas pessoas em volta e no ambiente em que estamos inseridos.
Diferentes perspectivas, principais mudanças e futuro do cenário nacional
Conheça as principais perspectivas para o pós-pandemia sob a ótica das rápidas mudanças que já aconteceram e ainda vão acontecer em todo mundo. O Blog da Contabilizei estudou os cenários e estruturou, neste série, algumas dessas mudanças e consequências. Fique com a gente e desfrute dos conteúdos. Eles foram produzidos especialmente para você:
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer com os Serviços Digitais
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer na Educação
- Como será o futuro e a retomada do sistema de saúde pós pandemia do coronavírus?
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer na Economia
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer nos Investimentos
Seja qual for a sua situação, conte com um contador online prático e econômico sem sair de casa.
Original por Contabilizei

Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Chamadas
Nova regra mudará tudo! Veja se sua empresa perturba a saúde mental dos funcionários

A saúde mental dos funcionários nunca foi tão discutida, mas agora virou regra: a nova atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) obrigará as empresas a monitorarem e prevenirem riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Mas o que isso significa na prática? As companhias terão que identificar fatores como assédio moral, sobrecarga e jornadas exaustivas para evitar que seus funcionários adoeçam. Mas o que acontece se não cumprirem essa exigência? Penalidades severas estão no horizonte!
Nos últimos anos, os afastamentos por transtornos mentais dispararam no Brasil. Mas em 2024, o cenário atingiu um novo recorde: 472 mil licenças concedidas, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério da Previdência Social. Esse crescimento alarmante acelerou a necessidade de mudanças, e a partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas deverão adotar medidas para proteger a saúde psicológica dos seus trabalhadores.
O que muda com a nova NR-1 para a saúde mental?
Mas, afinal, o que as empresas precisarão fazer? A principal mudança será a inclusão obrigatória da avaliação de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que as companhias precisarão:
- Identificar fatores de risco como sobrecarga, insegurança no emprego e assédio moral;
- Avaliar a gravidade desses riscos e definir prioridades de ação;
- Implementar medidas preventivas e corretivas;
- Monitorar continuamente a eficácia dessas ações.
Mas não basta apenas dizer que se preocupa com a saúde mental. Empresas que não levarem a exigência a sério poderão enfrentar fiscalizações, multas e até processos trabalhistas. “A atualização tira a saúde mental da esfera de ‘benefício’ e a posiciona como uma questão de compliance e gestão de riscos”, afirma Ana Carolina Peuker, especialista em saúde mental no trabalho.
Empresas que não se adaptarem podem pagar caro
As companhias que não cumprirem as novas regras poderão sofrer autuações, multas e até interdições. Mas há consequências ainda mais graves: funcionários que adoecerem devido ao ambiente de trabalho poderão acionar a Justiça e solicitar indenizações por danos morais e materiais. Além disso, empresas que ignorarem a NR-1 podem enfrentar processos administrativos e ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho.
Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, alerta para o problema do “wellbeing washing”, que ocorre quando empresas tentam parecer preocupadas com a saúde mental, mas sem adotar medidas concretas. “Muitas vão criar campanhas e palestras motivacionais, mas se a rotina continuar tóxica, nada muda de verdade”, diz.
Veja mais:
- Saiba Tudo Aqui: Isenção de Despesas Médico-Veterinárias no Imposto de Renda
- INSS alerta sobre mudança nos benefícios previdenciários
- Dia do Consumidor: advogada esclarece direitos em compras, cobranças e serviços
- Hora Extra: Quem Pode Fazer e Quais as Regras?
- Como se adequar ao novo Consignado privado? Guia para empresas
Impacto na cultura corporativa na saúde mental do trabalhador?
A mudança na legislação pode transformar a cultura organizacional, mas especialistas alertam que os primeiros impactos levarão tempo para aparecer. “Os resultados reais podem levar de dois a cinco anos para se consolidarem”, afirma Peuker. Mas, para os funcionários, a nova regra já representa um avanço significativo na proteção contra ambientes de trabalho abusivos.
Com a exigência de ações concretas, empresas que antes negligenciavam o bem-estar dos funcionários agora serão obrigadas a agir. Mas será que todas farão isso da forma correta? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: ignorar a nova regra pode sair muito caro para quem não levar a sério a saúde mental no ambiente corporativo.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Contabilidade
Resultado de Enquete do Jornal Contábil revela incertezas e desafios da Reforma Tributária para contadores

A Reforma Tributária, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, tem gerado debates acalorados e expectativas diversas entre os profissionais da área contábil. Uma recente enquete realizada pelo Jornal Contábil buscou mapear as principais preocupações dos contadores em relação às mudanças propostas. Os resultados revelam um cenário de incertezas, desafios e a necessidade de adaptação por parte dos profissionais
Tabelas dos Gráficos da Enquete sobre a Reforma Tributária
1. O que você percebe que mais preocupa seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Preocupação | Percentual |
---|---|
Aumento da carga tributária | 67,8% |
Necessidade de revisar o modelo de negócios | 5,4% |
Insegurança jurídica na transição | 1,5% |
Falta de clareza sobre os impactos financeiros | 25,4% |
2. Na sua opinião, qual é o maior desafio da Reforma Tributária para os contadores?
Desafio | Percentual |
---|---|
Adaptação às novas regras e exigências fiscais | 69,7% |
Mudança na forma de apuração e aproveitamento de créditos | 9% |
Impacto da tributação no destino e novas alíquotas | 5,2% |
Custos de adaptação tecnológica e obrigações acessórias | 16,1% |
3. Você sente que já tem informações suficientes para orientar seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Resposta | Percentual |
---|---|
Sim, estou acompanhando e me preparando | 6,8% |
Mais ou menos, ainda há muitas dúvidas | 15,8% |
Não, preciso de mais informações e capacitação | 77,4% |
4. O que poderia ajudar você e seu escritório na transição da Reforma Tributária?
Ajuda | Percentual |
---|---|
Materiais práticos e guias explicativos | 44,5% |
Treinamentos específicos sobre a nova tributação | 40,9% |
Ferramentas tecnológicas para facilitar a adaptação | 10,2% |
Parcerias estratégicas com especialistas em planejamento tributário | 4,4% |
Baixe a Planilha em PDF da Enquete
Como foi Realizada Enquete: A enquete foi computada no canal e comunidades do whatsapp do Jornal Contábil em Fevereiro de 2025
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Chamadas
ESG abre caminho para novas oportunidades na contabilidade

O conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) já se tornou um dos pilares para o futuro dos negócios, mas ainda há muitas empresas que não sabem como aplicá-lo corretamente. E é aí que os contadores entram em cena! A contabilidade, que antes era vista apenas como uma ferramenta para organizar números e tributos, agora tem um papel fundamental na adoção de práticas sustentáveis dentro das organizações.
Se antes as demonstrações financeiras se limitavam a números e balanços, agora elas incluem também a transparência ambiental e social. Empresas que querem atrair investidores, conquistar consumidores e se destacar no mercado precisam demonstrar um compromisso real com a sustentabilidade. Mas isso não significa apenas falar sobre o assunto, e sim relatar e comprovar o impacto social e ambiental das operações.
E é exatamente isso que o ESG contábil proporciona: uma nova maneira de integrar esses aspectos na rotina financeira das empresas, garantindo relatórios confiáveis, auditorias e uma visão mais ampla sobre o impacto dos negócios. Mas como esse movimento funciona na prática?
O que é ESG contábil e por que ele está transformando o mercado?
O ESG contábil nada mais é do que a aplicação dos princípios de sustentabilidade dentro da contabilidade. Ele envolve a coleta e análise de dados financeiros e não financeiros para que as empresas possam medir o quanto suas ações realmente são sustentáveis.
Alguns exemplos práticos de ESG dentro da contabilidade incluem:
- Relatórios que detalham a emissão de gases de efeito estufa e o impacto ambiental da empresa.
- Indicadores sobre diversidade e inclusão dentro do quadro de funcionários.
- Transparência sobre práticas trabalhistas e engajamento com stakeholders.
Isso significa que contadores com conhecimento em ESG não só podem ajudar empresas a se adequarem às novas normas, mas também agregar valor ao mercado, atraindo novos clientes e fortalecendo suas carreiras.
Por que ESG contábil é um diferencial para empresas e investidores?
Empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas seguem regulamentações ambientais, mas também se tornam mais atrativas para investidores. E isso não é exagero!
Os investidores estão cada vez mais atentos a critérios ESG antes de colocar dinheiro em uma empresa. Isso acontece porque empresas sustentáveis tendem a ser mais resilientes a crises e menos propensas a problemas jurídicos ou financeiros relacionados ao meio ambiente e à governança.
Além disso, consumidores estão priorizando marcas que se preocupam com o impacto que causam. Relatórios contábeis que incluem métricas ESG podem ser um fator decisivo na hora de conquistar clientes que buscam transparência e responsabilidade.
Veja mais:
- Saiba Tudo Aqui: Isenção de Despesas Médico-Veterinárias no Imposto de Renda
- INSS alerta sobre mudança nos benefícios previdenciários
- Dia do Consumidor: advogada esclarece direitos em compras, cobranças e serviços
- Hora Extra: Quem Pode Fazer e Quais as Regras?
- Como se adequar ao novo Consignado privado? Guia para empresas
Oportunidade para contadores: como atuar com ESG
Os contadores que se especializarem em ESG contábil terão uma vantagem competitiva enorme nos próximos anos. Afinal, o ESG não é apenas um movimento passageiro, mas sim um novo padrão de mercado.
Para atuar nesse setor, os profissionais devem se capacitar em temas como:
✅ Regulamentações ambientais que afetam as empresas.
✅ Normas internacionais de relatórios sustentáveis.
✅ Ferramentas para calcular o impacto ambiental e social das organizações.
✅ Identificação de greenwashing (empresas que tentam parecer sustentáveis, mas na prática não são).
O perigo do greenwashing e a responsabilidade dos contadores
Se por um lado o ESG tem trazido avanços para o mercado, mas por outro também há empresas que tentam enganar consumidores ao se venderem como sustentáveis sem realmente aplicar essas práticas. Esse fenômeno é conhecido como greenwashing, uma estratégia de marketing que cria uma imagem falsa de sustentabilidade.
Casos famosos de greenwashing mostram como empresas já foram advertidas por propaganda enganosa. Exemplos incluem:
- Volkswagen, que manipulou dados sobre emissões de poluentes.
- Fiat, que anunciou um “pneu superverde” sem comprovação ambiental.
- Ford, que divulgou um modelo de carro como ecológico, mas que na prática teve péssimo desempenho ambiental.
Os contadores têm um papel crucial em evitar que esse tipo de prática aconteça. Mas como? Através da auditoria e da transparência dos relatórios financeiros, garantindo que as empresas realmente estejam cumprindo o que prometem.
Como as PMEs podem se beneficiar do ESG?
Muita gente acredita que sustentabilidade é coisa de empresa grande, mas esse conceito já chegou também às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Para essas empresas, o ESG pode trazer benefícios como:
✔ Redução de custos (adotando práticas mais eficientes).
✔ Acesso a crédito facilitado, já que algumas instituições oferecem condições melhores para empresas sustentáveis.
✔ Atração de clientes que preferem comprar de empresas que prezam pela responsabilidade social.
ESG não é modismo, é o futuro da contabilidade!
A contabilidade deixou de ser apenas um setor burocrático e se tornou um aliado estratégico das empresas, ajudando na construção de um futuro mais sustentável. Mas para isso, os contadores precisam se atualizar e entender como o ESG contábil pode ser aplicado na prática.
O desafio é grande, mas as oportunidades são ainda maiores! Afinal, quem se especializar em ESG não só terá mais chances de crescimento profissional, mas também poderá ajudar empresas a fazerem a diferença no mercado e no mundo.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no