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Doenças Raras

O que é Leucemia?

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Dos cânceres do sangue, as leucemias são um dos mais conhecidos.

Tudo começa na medula óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos e que produz os componentes do sangue: hemácias ou glóbulos vermelhos, responsáveis pela oxigenação de nosso organismo; leucócitos ou glóbulos brancos, que combatem as infecções; e as plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue, evitando hemorragias.

A leucemia acontece quando certos tipos de glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada.

São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea, e baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão divididas em dois grandes grupos: mieloide e linfoide.

As que afetam as células linfoides são chamadas de leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica.

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Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia mieloide ou mieloblástica.

Elas também podem ser agudas, quando há o crescimento rápido de células imaturas, ou crônicas, caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais.

Neste guia, listaremos os principais tipos de leucemias existentes, desde as mais conhecidas até as mais raras.

Leucemia Mieloide Crônica (LMC)

O que é

Na maior parte dos casos, ocorre em adultos na faixa etária dos 50 anos (apenas 4% dos pacientes são crianças).

Ela se distingue dos outros tipos de leucemia pela presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+).

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Os cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos.

Nos pacientes com a doença, existe uma translocação (fusão de uma parte de um cromossomo em outro cromossomo) em dois cromossomos, os de número 9 e 22, criando o gene BCR-ABL, o que caracteriza a leucemia mieloide crônica.

Sintomas 

  • Palidez
  • Cansaço e mal-estar
  • Aumento do baço
  • Perda de peso
  • Hematomas

Tratamento

Os chamados inibidores da tirosina quinase (Mesilato de Imatinibe, Nilotinibe e Dasatinibe) são uma grande revolução da ciência e hoje tornaram-se o tratamento padrão para este tipo de leucemia.

Também chamados de terapia alvo, eles apresentam resultados cada vez mais promissores, pois combatem apenas as células doentes e proporcionam uma vida normal aos pacientes, com poucos  efeitos colaterais.

Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

O que é

A leucemia linfoide crônica (LLC) pode ser bem diferente dos outros tipos da doença, já que – por mais estranho que pareça – em alguns casos não será necessário realizar o tratamento.

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Tudo acontece quando alguns tipos de glóbulos brancos, os linfócitos, param de realizar a função de proteger o organismo.

A doença é considerada crônica porque essa alteração provoca o crescimento desordenado de linfócitos B maduros que, geralmente, não impede a produção das células normais.

Ou seja, ao mesmo tempo em que há uma produção de células com problemas, causando acúmulo na medula óssea, por outro lado o processo de fabricação e maturação das células saudáveis continua acontecendo.

Subtipos

Embora a LLC afete, na maior parte dos casos, os linfócitos B, existem alguns tipos raros da doença que podem afetar os linfócitos do tipo T (também responsáveis pela proteção de nosso organismo).

São eles:

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Leucemia prolinfocítica – as células doentes são semelhantes às células normais, denominadas prolinfócitos, que são formas imaturas de linfócitos B ou linfócitos T.

Tanto um como outro tendem a ser mais agressivos do que a leucemia linfoide crônica usual.

A maioria dos casos responderão a alguma forma de tratamento, mas com o tempo tendem a voltar.

Leucemia de linfócitos grandes granulares – é bastante rara, mas este tipo de LLC afeta os linfócitos T.

Ela tem um crescimento lento e pode ser mais difícil de tratar.

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Tricoleucemia – também chamada de leucemia de células pilosas (ou células cabeludas), ela tem um crescimento lento e é bastante rara.

O nome se dá ao fato de as células terem formato de cabelo, ao serem analisadas em microscópio.

Sintomas

  • Cansaço e falta de ar ao praticar atividades físicas
  • Perda de peso sem causa aparente
  • Aumento de gânglios (ínguas)
  • Suor noturno
  • Infecções frequentes

Tratamento

Quando o paciente precisa de tratamento, dentre as opções estão a quimioterapia, as terapias alvo (que atacam apenas as células doentes), imunoterapia (medicamentos que ajudam o próprio sistema imunológico do paciente a combater as células com câncer) e transplante de medula óssea alogênico (quando a medula vem de um doador compatível).

Leucemia linfoide aguda (LLA)

O que é

Tipo de câncer mais comum durante a infância, mas que também pode acontecer em adultos, a LLA é causada por células muito jovens (os linfoblastos, tipos de glóbulos brancos responsáveis por combater as infecções) que param de funcionar corretamente e começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea.

Sua evolução é bastante rápida.

Embora bastante raro, assim como na leucemia mieloide crônica (colocar o número da página em que está este conteúdo), o paciente pode apresentar o cromossomo Philadelphia (Ph+), uma anormalidade no DNA.

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Sinais e sintomas

  • Palidez, cansaço e sonolência
  • Hematomas, manchas (chamadas de petéquias) e sangramentos prolongados
  • Infecções constantes
  • Linfonodos e baço aumentados
  • Dores de cabeça e vômito
  • Dores ósseas e nas juntas

Tratamento

Atualmente, as opções de tratamento são quimioterapia, transfusão de sangue (se necessário), transplante de medula óssea (se o paciente não responder bem ao tratamento com quimioterápicos) e também a terapia alvo, por meio dos inibidores da tirosina quinase (Mesilato de Imatinibe, Nilotinibe e Dasatinibe), caso o paciente apresente o cromossomo Philadelphia.

Leucemia Mieloide Aguda (LMA)

O que é

A leucemia mieloide aguda (LMA) é um tipo de câncer que pode acontecer em qualquer idade, mas as pessoas com mais de 65 anos são as que mais recebem o diagnóstico.

Sua principal característica é a super produção de células imaturas (que acabaram de nascer), conhecidas por mieloblastos, que em grande quantidade na medula óssea, bloqueiam a formação dos demais componentes do sangue.

Subtipos

De acordo com o sistema de estadiamento FAB (Francês, Americano e Britânico), a classificação das leucemias mieloides agudas é separada de M0 a M7, de acordo com o desenvolvimento das células:

M0 – Leucemia mieloblástica aguda indiferenciada

M1 – Leucemia mieloblástica aguda com maturação celular mínima

M2 – Leucemia mieloblástica aguda com maturação

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M3 – Leucemia promielocítica aguda (conhecida também por LPA)

M4 – Leucemia mielomonocítica aguda (conhecida também por LMMA)

M4 eos – Leucemia mielomonocítica aguda com eosinofilia

M5 – Leucemia monocítica aguda

M6 – Leucemia eritroide aguda

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M7 – Leucemia megacarioblástica aguda

Do M0 ao M5, as células doentes são os glóbulos brancos, de forma imatura (como vimos, estas células ainda não se desenvolveram totalmente para realizarem suas funções).

Já o subtipo M6 começa com os glóbulos vermelhos ainda muito imaturos, enquanto o M7 tem início em formas imaturas das células que produzem as plaquetas.

Sinais e sintomas

  • Febre e infecções recorrentes
  • Aumento de nódulos linfáticos, baço e fígado
  • Fadiga, fraqueza e palidez
  • Dor nos ossos
  • Redução de peso
  • Hematomas e sangramentos espontâneos, devido à baixa de plaquetas

Tratamento

Os tratamentos mais utilizados são quimioterapia e transplante de medula óssea alogênico (com doadores compatíveis).

Leucemia bifenotípica

O que é

O paciente apresenta as duas linhagens de células (blastos) ao mesmo tempo – as linfoides e as mieloides.

Este tipo de leucemia pode ter início nas células que ainda não se diferenciaram, ou seja, antes de se tornarem células com características mieloide e linfoide.

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É um grupo de leucemias agudas bastante agressivo, porém raro.

Sinais e sintomas

  • Fadiga, fraqueza e palidez
  • Dor nos ossos
  • Redução de peso
  • Hematomas e sangramentos espontâneos
  • Febre e infecções recorrentes

Tratamento

Ainda não se tem uma resposta concreta para qual seria a melhor opção terapêutica.

Mas em linhas gerais, os médicos utilizam alguns protocolos de quimioterapia que podem ser tanto para a linhagem linfoide, quanto para a mieloide.

Se possível, também indicam o transplante de medula óssea aparentado.

Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC) 

O que é

Embora tenha o nome “leucemia”, ela é um tipo de síndrome mielodisplásica, uma doença que acontece devido à falência da medula óssea em produzir células sanguíneas.

A LMMC acontece quando os monócitos, um tipo de glóbulo branco, passam a se reproduzir de maneira descontrolada e elevada, e deixam de fazer sua função de proteger o organismo.

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É possível que alguns pacientes com este tipo de doença possam desenvolver leucemia mieloide aguda, já que parte deles também pode apresentar blastos (tipos de glóbulos brancos imaturos).

Sinais e sintomas

  • Anemia
  • Fadiga
  • Falta de ar
  • Palidez
  • Infecções constantes
  • Hemorragias e hematomas

Tratamento

Atualmente, as opções de tratamento utilizadas são a quimioterapia e o transplante de medula óssea alogênico (com doador compatível).

Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ) 

O que é

Também chamada por eosinofilia clonal, este tipo de leucemia caracteriza-se por uma proliferação excessiva na medula óssea de eosinófilos, células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo contra parasitas e agentes infecciosos e que também participam contra os processos inflamatórios em doenças alérgicas.

É mais comum nos homens acima dos 40 anos de idade.

Sinais e sintomas

Alguns pacientes não apresentam sintomas, mas dentre os sinais mais comuns estão:

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  • Febre
  • Fadiga
  • Tosse
  • Dores musculares
  • Anemia
  • Baço aumentado
  • Prurido na pele e diarreia frequentes

Tratamento

Atualmente, o tratamento é realizado com o Mesilato de Imatinibe.

Leucemia linfoma de células T

O que é

A leucemia-linfoma de células T do adulto (ATL) é um tipo de câncer relacionado à infecção pelo vírus HTLV-I, responsável por atingir as células de defesa do organismo, os linfócitos T.

São três os subtipos que a doença pode apresentar: leucêmico agudo, linfoma crônico ou assintomático (quando não há nenhum sinal da doença).

Cada uma delas com características específicas.

No Brasil, este tipo de câncer é raríssimo.

A maior parte dos casos acontece entre crianças e jovens, de 2 a 21 anos.

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Sinais e sintomas

Nos tipos mais agressivos, que são o leucêmico agudo e linfoma, o paciente pode apresentar como sinais da doença:

  • Aumento dos linfonodos (carocinhos na região do pescoço, virilha e axila)
  • Aumento do tamanho do fígado e do baço
  • Infiltração pulmonar
  • Lesões de pele
  • Lesões ósseas
  • Infecções constantes

Tratamento

Pode ser indicado antivirais em combinação com o Interferon, que é administrado por via intramuscular.

Em alguns casos, a quimioterapia e o transplante de medula óssea também pode ser indicado.

Importante! O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento destas leucemias apresente melhores resultados.

Para saber se o paciente tem uma leucemia e qual o seu tipo/subtipo, alguns exames serão solicitados: hemograma, biópsia da medula, mielograma, exames de imagem, além de citometria de fluxo e cariótipo/ fish.

E lembre-se! O médico responsável por diagnosticar e indicar o tratamento é o onco-hematológica.

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Fonte: Abrale

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Saiba os principais sintomas da Espondilite Anquilosante

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A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral, mas também pode afetar outras articulações e órgãos. A doença causa dor e rigidez na coluna vertebral e nas articulações, especialmente nas regiões lombar e sacroilíaca.

A espondilite anquilosante é um tipo de artrite, mas difere de outros tipos de artrite, pois afeta principalmente a coluna vertebral. A causa exata da doença é desconhecida, mas acredita-se que envolva fatores genéticos e imunológicos.

A espondilite anquilosante pode ser diagnosticada através de exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada. O tratamento envolve uma combinação de medicamentos para controlar a inflamação e a dor, bem como terapia física para melhorar a flexibilidade e a postura.

É importante tratar a espondilite anquilosante precocemente para evitar complicações, como rigidez permanente da coluna vertebral, redução da capacidade pulmonar e doenças cardiovasculares. Por isso, é importante consultar um médico se você apresentar sintomas de espondilite anquilosante, como dor nas costas que persiste por mais de três meses, especialmente se a dor piorar durante a noite ou se você tiver histórico familiar da doença.

Sintomas da Espondilite Anquilosante

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Os sintomas da espondilite anquilosante podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  1. Dor lombar e rigidez: dor que começa gradualmente na região lombar, que pode se estender para as nádegas, coxas ou costas, e piorar com o repouso ou inatividade, como ao acordar pela manhã. A rigidez matinal pode durar mais de 30 minutos.
  2. Dor e rigidez no pescoço: em casos mais graves, a espondilite anquilosante pode afetar as articulações do pescoço, causando dor e rigidez na região cervical.
  3. Dor nas costelas e na caixa torácica: a inflamação das articulações da costela pode causar dor no peito, dificuldade em respirar e tosse.
  4. Dor e inflamação em outras articulações: a espondilite anquilosante pode afetar outras articulações, como ombros, quadris, joelhos e tornozelos.
  5. Fadiga: muitas pessoas com espondilite anquilosante experimentam fadiga e falta de energia.
  6. Perda de flexibilidade: a espondilite anquilosante pode levar à perda de flexibilidade da coluna vertebral, o que pode tornar difícil inclinar-se para a frente ou para os lados.
  7. Olhos vermelhos e doloridos: algumas pessoas com espondilite anquilosante

Tratamento da Espondilite Anquilosante

O tratamento da espondilite anquilosante visa controlar a inflamação e a dor, melhorar a função física e prevenir ou tratar complicações da doença. O tratamento é geralmente feito com uma combinação de medicamentos, terapia física e exercícios, além de medidas para melhorar a postura e prevenir a rigidez.

Os medicamentos usados ​​para tratar a espondilite anquilosante incluem analgésicos para aliviar a dor, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para reduzir a inflamação e o inchaço, e medicamentos imunossupressores, como o metotrexato, para controlar a resposta imunológica.

Em casos mais graves ou refratários, medicamentos biológicos, como os inibidores de TNF-alfa, podem ser usados para reduzir a inflamação e prevenir a progressão da doença. Outros medicamentos, como os relaxantes musculares e os antidepressivos, também podem ser usados ​​para controlar a dor e melhorar o sono.

A terapia física e os exercícios são importantes para melhorar a postura, a flexibilidade e a força muscular, além de reduzir a rigidez e a dor. Os exercícios podem incluir alongamentos, fortalecimento muscular e atividades aeróbicas de baixo impacto, como caminhadas, natação e ciclismo.

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Além disso, é importante manter uma boa postura e evitar o sedentarismo, pois a inatividade pode levar à rigidez e ao agravamento da doença. A fisioterapia e o uso de dispositivos de auxílio, como bengalas e cintas para o joelho, também podem ser úteis para melhorar a função física e prevenir lesões.

Por fim, é importante que as pessoas com espondilite anquilosante recebam acompanhamento regular com um reumatologista, para ajustar o tratamento de acordo com a evolução da doença e prevenir complicações.

Sintomas da espondilite aquilosante

Os sintomas da espondilite anquilosante podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  1. Dor lombar e rigidez: dor que começa gradualmente na região lombar, que pode se estender para as nádegas, coxas ou costas, e piorar com o repouso ou inatividade, como ao acordar pela manhã. A rigidez matinal pode durar mais de 30 minutos.
  2. Dor e rigidez no pescoço: em casos mais graves, a espondilite anquilosante pode afetar as articulações do pescoço, causando dor e rigidez na região cervical.
  3. Dor nas costelas e na caixa torácica: a inflamação das articulações da costela pode causar dor no peito, dificuldade em respirar e tosse.
  4. Dor e inflamação em outras articulações: a espondilite anquilosante pode afetar outras articulações, como ombros, quadris, joelhos e tornozelos.
  5. Fadiga: muitas pessoas com espondilite anquilosante experimentam fadiga e falta de energia.
  6. Perda de flexibilidade: a espondilite anquilosante pode levar à perda de flexibilidade da coluna vertebral, o que pode tornar difícil inclinar-se para a frente ou para os lados.
  7. Olhos vermelhos e doloridos: algumas pessoas com espondilite anquilosante

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INSS dificulta reconhecimento de isenção do IR por doenças graves

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Desde 1988, aposentados e pensionistas que eram diagnosticados com alguma das doenças graves categorizadas em nossa legislação, tinham direito a solicitar a isenção do IR, independentemente se já estavam curados ou não. A concessão deste benefício visa prestar um auxílio financeiro a estes pacientes por meio da redução da carga tributária sobre a renda necessária à sua subsistência e custos relativos ao tratamento da doença – mas, certos empecilhos impostos pelo INSS vêm dificultando, cada vez mais, o reconhecimento deste direito para muitos contribuintes e estendendo o prazo de sua aquisição.

Em uma lista de 16 doenças definidas pela Lei 7.713/88, aposentados e pensionistas que se enquadram em algum destes casos eram assegurados a buscar a isenção do imposto de renda nos órgãos reguladores, a partir da constatação do diagnóstico em um laudo médico elaborado por um profissional pertencente à rede de saúde pública nacional.

Independentemente se estiver curado ou não, o único requisito legalmente estabelecido era o diagnóstico em alguma das doenças seguintes: AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida); alienação mental; cardiopatia grave; cegueira (inclusive monocular); contaminação por radiação; doença de paget em estados avançados (osteíte deformante); doença de parkinson; esclerose múltipla; espondiloartrose anquilosante; fibrose cística (mucoviscidose); hanseníase (antigamente, chamada de lepra); nefropatia grave; hepatopatia grave; neoplasia maligna (câncer ou tumor); paralisia irreversível e incapacitante e tuberculose ativa.

Teoricamente, uma vez preenchida corretamente com todos os dados demandados pelos órgãos reguladores, esta isenção deveria ser aprovada até mesmo para aqueles que não apresentavam mais nenhum sintoma – porém, há tempos essa já deixou de ser a realidade vivida por muitos. Ao invés de operar em conjunto frente a um bem maior para aqueles que enfrentaram tratamentos extensos devido a problemas de saúde sérios, o INSS vem se mostrando como um dificultador ao processo, exigindo a apresentação de documentos excessivos e desnecessários que, legalmente, não deveriam ser cobrados visando tal concessão.

Em um exemplo prático, é comum observar solicitações de perícias médicas para a constatação de incapacidade laboral como exigência de concessão deste direito – requisito que se mostra completamente ilegal, pois a concessão de benefício por incapacidade não se confunde com o direito de isenção do IR por doença grave.

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Além disso, frequentemente o INSS tem negado a isenção do IR com base na constatação da cura da doença, principalmente nos casos de câncer, o que também é ilegal, visto que o próprio STJ já proferiu diversas decisões recentemente destacando a obrigatoriedade de isenção para todos os aposentados e pensionistas que já foram diagnosticados, mesmo que já estejam curados.

Para piorar, essa lista de exigências pode ser ainda maior a depender da doença referida, o que vem dificultando ainda mais que diversos contribuintes adquiram seu direito por pendências desnecessárias deste órgão. Em uma conduta desnecessária, o INSS está se tornando mais exigente do que a própria Receita Federal, dificultando um processo que deveria ser simplificado frente ao crescente número de impostos arrecadados no país. Em 2021, como exemplo, essa quantia atingiu seu recorde totalizando cerca de R$ 1,87 bilhão, segundo dados da própria RFB.

Administrativamente falando, a melhor saída para aqueles que se encontram nesta situação é seguir com os documentos extras solicitados a fim de agilizar, ao máximo, a aprovação deste direito. Caso se estenda por muito tempo ou perceba maiores limitações no processo, há a possibilidade de resolver judicialmente. Em ambos os casos, é essencial contar com o apoio de uma empresa especializada nesta área, para que forneça a expertise necessária para comandar este processo da melhor maneira possível.

O procedimento adotado pelo INSS contradiz o propósito da criação da isenção do IR por doenças graves de, justamente, auxiliar economicamente, via redução tributária, aqueles que foram diagnosticados com algum desses problemas de saúde. Por isso, acompanhe de perto o desenrolar desta aprovação e não hesite em solicitar o apoio de especialistas no ramo, para que nenhum aposentado ou pensionista seja mais lesado, financeiramente, por exigências documentais desnecessárias.

Bruno Farias é sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

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Conheça o novo vírus Langya e seus efeitos

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O Vírus está relacionado aos vírus Hendra e Nipah, que causam doenças em humanos. No entanto, há muito que não sabemos sobre o novo vírus – conhecido como LayV – incluindo se ele se espalha de humano para humano.

O que sabemos até agora.

Quão doentes as pessoas estão ficando?

Pesquisadores na China detectaram esse novo vírus pela primeira vez como parte da vigilância de rotina em pessoas com febre que relataram contato recente com animais. Uma vez que o vírus foi identificado, os pesquisadores procuraram o vírus em outras pessoas.

Os sintomas relatados parecem ser principalmente leves – febre, fadiga, tosse, perda de apetite, dores musculares, náuseas e dor de cabeça – embora não saibamos por quanto tempo os pacientes passaram mal.

Uma proporção menor teve complicações potencialmente mais graves, incluindo pneumonia e anormalidades na função hepática e renal. No entanto, a gravidade dessas anormalidades, a necessidade de hospitalização e se algum caso foi fatal não foram relatados.

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De onde veio esse vírus?

Os autores também investigaram se animais domésticos ou selvagens podem ter sido a fonte do vírus. Embora tenham encontrado um pequeno número de cabras e cães que podem ter sido infectados com o vírus no passado, havia evidências mais diretas de que uma proporção significativa de musaranhos selvagens estava abrigando o vírus.

Isso sugere que os humanos podem ter contraído o vírus de musaranhos selvagens.

Esse vírus realmente causa essa doença?

Os pesquisadores usaram uma técnica moderna conhecida como análise metagenômica para encontrar esse novo vírus. Os pesquisadores sequenciam todo o material genético e descartam as sequências “conhecidas” (por exemplo, DNA humano) para procurar sequências “desconhecidas” que possam representar um novo vírus.

Isso levanta a questão sobre como os cientistas podem dizer se um determinado vírus causa a doença.

Tradicionalmente, usamos os “ postulados de Koch ” para determinar se um determinado microrganismo causa doença:

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  • deve ser encontrado em pessoas com a doença e não em pessoas saudáveis
  • deve ser capaz de ser isolado de pessoas com a doença
  • o isolado de pessoas com a doença deve causar a doença se administrado a uma pessoa (ou animal) saudável
  • deve poder ser re-isolado da pessoa saudável depois de ficar doente.

Os autores reconhecem que esse novo vírus ainda não atende a esses critérios, e a relevância desses critérios na era moderna foi questionada .

No entanto, os autores dizem que não encontraram nenhuma outra causa da doença em 26 pessoas, havia evidências de que o sistema imunológico de 14 pessoas respondeu ao vírus e as pessoas que estavam mais doentes tinham mais vírus.

O que podemos aprender com vírus relacionados?

Este novo vírus parece ser um primo próximo de dois outros vírus que são significativos em humanos: o vírus Nipah e o vírus Hendra. Esta família de vírus foi a inspiração para o vírus fictício MEV-1 no filme Contagion .

O vírus Hendra foi relatado pela primeira vez em Queensland em 1994, quando causou a morte de 14 cavalos e do treinador Vic Rail .

Muitos surtos em cavalos foram relatados em Queensland e no norte de Nova Gales do Sul desde então, e geralmente acredita-se que sejam devidos a infecções “transbordadas” de raposas voadoras.

No total, sete casos humanos do vírus Hendra foram relatados na Austrália (principalmente veterinários que trabalham com cavalos doentes), incluindo quatro mortes.

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O que precisamos descobrir a seguir?

Pouco se sabe sobre esse novo vírus, e os casos relatados atualmente provavelmente serão a ponta do iceberg.

Nesta fase, não há indicação de que o vírus possa se espalhar de humano para humano.

São necessários mais trabalhos para determinar a gravidade da infecção, como ela se espalha e quão disseminada pode ser na China e na região.

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