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Negócios: Remediar, prevenir ou prever? A aplicação da monitoração na jornada preditiva

O corpo humano é a máquina perfeita. Ele tem altos níveis de complexidade e de integração, conectados por uma rede de bilhões de agentes, a transmitir e armazenar informações, do instante em que nascemos até o momento em que nossa energia se esvai.
Maslow traz na base de sua pirâmide de hierarquia das necessidades a fisiologia como o fator primário e mais básico para todos os seres humanos. Comer, dormir, sentir são, dentre outros, fatores primordiais para a manutenção e recuperação dessa máquina tão biologicamente perfeita.
Tal qual o corpo humano, o ambiente tecnológico de uma organização necessita de cuidados. Monitorar sua infraestrutura e seus sistemas pode ser também considerado como a base da pirâmide, que conduzirá as organizações para uma mudança total de paradigma em seu ambiente tecnológico.
A migração do reativo para o preditivo depende de um conjunto de ações que, quando aplicadas, surtem efeito similar ao que buscamos com nossa saúde. Quantas vezes ouvimos de nossos entes queridos a frase “melhor prevenir do que remediar”? Trazer esse conceito para sua operação é um fator primordial para a estabilização dos ambientes e aplicações e para a satisfação do usuário.
Esse processo pode ocorrer em distintas etapas. São elas:
Monitoração reativa
Trata-se do nível mais básico da monitoração. Equivalente à base da pirâmide de Maslow. Nesse nível, o problema não é evitado, mas, com a devida monitoração, conseguimos minimizar os impactos em seu ambiente. Comparando com a vida real, podemos exemplificar com o tratamento de uma doença como o diabetes. O fato já ocorreu, e o que precisa ser feito é limitar os impactos a fim de evitar que os danos sejam mais graves.
Agir rapidamente sobre um problema evitará indisponibilidade e maiores impactos na operação de sua organização, na área de negócios e, consequentemente, com seus clientes finais.
O grau de complexidade na implementação não é grande, e na maioria dos casos conseguimos obter excelentes resultados em curto prazo combinando a monitoração da infraestrutura e do ambiente de aplicações.
Monitoração preventiva
São sistemáticas ações por parte do time de TI, feitas de maneira preventiva, para ajudar a entender quando um problema poderá ocorrer. Os alertas nesse nível de monitoramento vão detectar sintomas que indiquem potenciais falhas sistêmicas, direcionando o time para a atuação imediata. Esse nível é equivalente ao monitoramento dos níveis de açúcar no organismo, no caso de um diabético. Ajuda, então, a entender o que está acontecendo e facilita a tomada de decisões para eventual correção de curso.
Na maioria dos casos, o problema não poderá ser evitado e precisará ser tratado. No entanto, esse tratamento é feito com agilidade – tão logo o problema tenha acontecido e antes de causar quaisquer impactos para o negócio.
Esse também é um tipo de monitoração que pode apresentar resultados em curto para médio prazo com um grau de implementação relativamente simples. Só dependerá de atenção contínua para que os problemas identificados não sejam atendidos de forma reativa pela equipe.
Monitoração proativa
Nesse caso, já estamos lidando com um monitoramento que evitará a ocorrência de um problema. Trata-se de uma sequência de alertas gerados a partir dessa monitoração, que vão modificar problemas que precisem de atenção, evitando que as aplicações se tornem indisponíveis.

As monitorações anteriores visam à redução dos impactos sobre um problema já instaurado. Realizar o acompanhamento médico e medir, frequentemente, seus níveis de açúcar no sangue ajudarão a reduzir impactos da diabetes, mas, no caso da monitoração proativa, a diabetes ainda não existe. Nesse caso, já sabendo da iminência do fato, o que podemos fazer? Podemos tomar ações proativas para não desenvolvermos essa doença, como exercícios regulares e alimentação saudável.
As ações advindas da monitoração proativa vão efetivamente evitar que haja um problema sistêmico e garantir o correto funcionamento e a estabilidade dos sistemas.
Monitoração preditiva
Fazer exames regulares e acompanhar sua saúde de maneira constante ajudarão a identificar tendências para o eventual desenvolvimento de uma doença. Esses cuidados vão disparar um processo preventivo para corrigir os desvios que possam resultar na instauração de um problema.
A monitoração preventiva vai alertar sobre as tendências e probabilidades futuras da ocorrência de alguma falha sistêmica. Nesse estágio, conseguimos identificar essas tendências e tomar ações de forma a impedir que o problema venha a ocorrer. Ela ajudará na identificação da necessidade de mudanças em seu ambiente antes que impactos sejam gerados para o negócio.
Os perfis de atuação, bem como os custos envolvidos nas ações geradas pelos quatro tipos de monitoramento mencionados acima, são completamente distintos.
Se temos um problema já instaurado, necessitamos de um perfil técnico/funcional. Precisamos envolver a área de negócios para uma atuação conjunta com tecnologia, e impactos são inevitáveis.
Para uma monitoração preditiva, o perfil envolvido é mais analítico e tomador de decisão. O envolvimento de negócios é feito de maneira pontual e informativa, e eventuais indisponibilidades podem ser planejadas sem causar impactos no funcionamento da organização.
Diferentemente da monitoração proativa, que depende altamente do fator humano na tomada de decisões, a implementação da monitoração preditiva depende de um conjunto de ferramentas e de uma base de conhecimento para que a inteligência que cria os modelos possa emitir alertas e tomar decisões cada vez mais assertivas. Seu tempo de implementação e os resultados vão de médio para longo prazo.
Em outro artigo, em que abordo a jornada preditiva, eu falo da importância da relação entre TI e negócios, e sobre a necessidade de operar com os menores custos de maneira a viabilizar os investimentos. A monitoração preditiva é, sem sombra de dúvida, o passo mais importante para esse processo.
Cada vez mais a expressão “melhor prevenir do que remediar” é aplicada nas organizações, garantindo a disponibilidade sistêmica, aumentando a satisfação do usuário, evitando impactos na marca e eventual perda de mercado perante seus concorrentes. Afinal, ninguém completamente ciente dos danos e privações escolheria conviver com a diabetes.
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Por: José Carlos Mauadie é o In-Country head de Application Development and Maintenance da Cognizant no Brasil
A Cognizant (NASDAQ-100: CTSH) é uma das empresas líderes mundiais em serviços profissionais que transporta os modelos de negócios, operacional e de tecnologia de seus clientes para a era digital.
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Chamadas
Nova regra mudará tudo! Veja se sua empresa perturba a saúde mental dos funcionários

A saúde mental dos funcionários nunca foi tão discutida, mas agora virou regra: a nova atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) obrigará as empresas a monitorarem e prevenirem riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Mas o que isso significa na prática? As companhias terão que identificar fatores como assédio moral, sobrecarga e jornadas exaustivas para evitar que seus funcionários adoeçam. Mas o que acontece se não cumprirem essa exigência? Penalidades severas estão no horizonte!
Nos últimos anos, os afastamentos por transtornos mentais dispararam no Brasil. Mas em 2024, o cenário atingiu um novo recorde: 472 mil licenças concedidas, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério da Previdência Social. Esse crescimento alarmante acelerou a necessidade de mudanças, e a partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas deverão adotar medidas para proteger a saúde psicológica dos seus trabalhadores.
O que muda com a nova NR-1 para a saúde mental?
Mas, afinal, o que as empresas precisarão fazer? A principal mudança será a inclusão obrigatória da avaliação de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que as companhias precisarão:
- Identificar fatores de risco como sobrecarga, insegurança no emprego e assédio moral;
- Avaliar a gravidade desses riscos e definir prioridades de ação;
- Implementar medidas preventivas e corretivas;
- Monitorar continuamente a eficácia dessas ações.
Mas não basta apenas dizer que se preocupa com a saúde mental. Empresas que não levarem a exigência a sério poderão enfrentar fiscalizações, multas e até processos trabalhistas. “A atualização tira a saúde mental da esfera de ‘benefício’ e a posiciona como uma questão de compliance e gestão de riscos”, afirma Ana Carolina Peuker, especialista em saúde mental no trabalho.
Empresas que não se adaptarem podem pagar caro
As companhias que não cumprirem as novas regras poderão sofrer autuações, multas e até interdições. Mas há consequências ainda mais graves: funcionários que adoecerem devido ao ambiente de trabalho poderão acionar a Justiça e solicitar indenizações por danos morais e materiais. Além disso, empresas que ignorarem a NR-1 podem enfrentar processos administrativos e ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho.
Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, alerta para o problema do “wellbeing washing”, que ocorre quando empresas tentam parecer preocupadas com a saúde mental, mas sem adotar medidas concretas. “Muitas vão criar campanhas e palestras motivacionais, mas se a rotina continuar tóxica, nada muda de verdade”, diz.
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Impacto na cultura corporativa na saúde mental do trabalhador?
A mudança na legislação pode transformar a cultura organizacional, mas especialistas alertam que os primeiros impactos levarão tempo para aparecer. “Os resultados reais podem levar de dois a cinco anos para se consolidarem”, afirma Peuker. Mas, para os funcionários, a nova regra já representa um avanço significativo na proteção contra ambientes de trabalho abusivos.
Com a exigência de ações concretas, empresas que antes negligenciavam o bem-estar dos funcionários agora serão obrigadas a agir. Mas será que todas farão isso da forma correta? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: ignorar a nova regra pode sair muito caro para quem não levar a sério a saúde mental no ambiente corporativo.
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Contabilidade
Resultado de Enquete do Jornal Contábil revela incertezas e desafios da Reforma Tributária para contadores

A Reforma Tributária, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, tem gerado debates acalorados e expectativas diversas entre os profissionais da área contábil. Uma recente enquete realizada pelo Jornal Contábil buscou mapear as principais preocupações dos contadores em relação às mudanças propostas. Os resultados revelam um cenário de incertezas, desafios e a necessidade de adaptação por parte dos profissionais
Tabelas dos Gráficos da Enquete sobre a Reforma Tributária
1. O que você percebe que mais preocupa seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Preocupação | Percentual |
---|---|
Aumento da carga tributária | 67,8% |
Necessidade de revisar o modelo de negócios | 5,4% |
Insegurança jurídica na transição | 1,5% |
Falta de clareza sobre os impactos financeiros | 25,4% |
2. Na sua opinião, qual é o maior desafio da Reforma Tributária para os contadores?
Desafio | Percentual |
---|---|
Adaptação às novas regras e exigências fiscais | 69,7% |
Mudança na forma de apuração e aproveitamento de créditos | 9% |
Impacto da tributação no destino e novas alíquotas | 5,2% |
Custos de adaptação tecnológica e obrigações acessórias | 16,1% |
3. Você sente que já tem informações suficientes para orientar seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Resposta | Percentual |
---|---|
Sim, estou acompanhando e me preparando | 6,8% |
Mais ou menos, ainda há muitas dúvidas | 15,8% |
Não, preciso de mais informações e capacitação | 77,4% |
4. O que poderia ajudar você e seu escritório na transição da Reforma Tributária?
Ajuda | Percentual |
---|---|
Materiais práticos e guias explicativos | 44,5% |
Treinamentos específicos sobre a nova tributação | 40,9% |
Ferramentas tecnológicas para facilitar a adaptação | 10,2% |
Parcerias estratégicas com especialistas em planejamento tributário | 4,4% |
Baixe a Planilha em PDF da Enquete
Como foi Realizada Enquete: A enquete foi computada no canal e comunidades do whatsapp do Jornal Contábil em Fevereiro de 2025
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Chamadas
ESG abre caminho para novas oportunidades na contabilidade

O conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) já se tornou um dos pilares para o futuro dos negócios, mas ainda há muitas empresas que não sabem como aplicá-lo corretamente. E é aí que os contadores entram em cena! A contabilidade, que antes era vista apenas como uma ferramenta para organizar números e tributos, agora tem um papel fundamental na adoção de práticas sustentáveis dentro das organizações.
Se antes as demonstrações financeiras se limitavam a números e balanços, agora elas incluem também a transparência ambiental e social. Empresas que querem atrair investidores, conquistar consumidores e se destacar no mercado precisam demonstrar um compromisso real com a sustentabilidade. Mas isso não significa apenas falar sobre o assunto, e sim relatar e comprovar o impacto social e ambiental das operações.
E é exatamente isso que o ESG contábil proporciona: uma nova maneira de integrar esses aspectos na rotina financeira das empresas, garantindo relatórios confiáveis, auditorias e uma visão mais ampla sobre o impacto dos negócios. Mas como esse movimento funciona na prática?
O que é ESG contábil e por que ele está transformando o mercado?
O ESG contábil nada mais é do que a aplicação dos princípios de sustentabilidade dentro da contabilidade. Ele envolve a coleta e análise de dados financeiros e não financeiros para que as empresas possam medir o quanto suas ações realmente são sustentáveis.
Alguns exemplos práticos de ESG dentro da contabilidade incluem:
- Relatórios que detalham a emissão de gases de efeito estufa e o impacto ambiental da empresa.
- Indicadores sobre diversidade e inclusão dentro do quadro de funcionários.
- Transparência sobre práticas trabalhistas e engajamento com stakeholders.
Isso significa que contadores com conhecimento em ESG não só podem ajudar empresas a se adequarem às novas normas, mas também agregar valor ao mercado, atraindo novos clientes e fortalecendo suas carreiras.
Por que ESG contábil é um diferencial para empresas e investidores?
Empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas seguem regulamentações ambientais, mas também se tornam mais atrativas para investidores. E isso não é exagero!
Os investidores estão cada vez mais atentos a critérios ESG antes de colocar dinheiro em uma empresa. Isso acontece porque empresas sustentáveis tendem a ser mais resilientes a crises e menos propensas a problemas jurídicos ou financeiros relacionados ao meio ambiente e à governança.
Além disso, consumidores estão priorizando marcas que se preocupam com o impacto que causam. Relatórios contábeis que incluem métricas ESG podem ser um fator decisivo na hora de conquistar clientes que buscam transparência e responsabilidade.
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Oportunidade para contadores: como atuar com ESG
Os contadores que se especializarem em ESG contábil terão uma vantagem competitiva enorme nos próximos anos. Afinal, o ESG não é apenas um movimento passageiro, mas sim um novo padrão de mercado.
Para atuar nesse setor, os profissionais devem se capacitar em temas como:
✅ Regulamentações ambientais que afetam as empresas.
✅ Normas internacionais de relatórios sustentáveis.
✅ Ferramentas para calcular o impacto ambiental e social das organizações.
✅ Identificação de greenwashing (empresas que tentam parecer sustentáveis, mas na prática não são).
O perigo do greenwashing e a responsabilidade dos contadores
Se por um lado o ESG tem trazido avanços para o mercado, mas por outro também há empresas que tentam enganar consumidores ao se venderem como sustentáveis sem realmente aplicar essas práticas. Esse fenômeno é conhecido como greenwashing, uma estratégia de marketing que cria uma imagem falsa de sustentabilidade.
Casos famosos de greenwashing mostram como empresas já foram advertidas por propaganda enganosa. Exemplos incluem:
- Volkswagen, que manipulou dados sobre emissões de poluentes.
- Fiat, que anunciou um “pneu superverde” sem comprovação ambiental.
- Ford, que divulgou um modelo de carro como ecológico, mas que na prática teve péssimo desempenho ambiental.
Os contadores têm um papel crucial em evitar que esse tipo de prática aconteça. Mas como? Através da auditoria e da transparência dos relatórios financeiros, garantindo que as empresas realmente estejam cumprindo o que prometem.
Como as PMEs podem se beneficiar do ESG?
Muita gente acredita que sustentabilidade é coisa de empresa grande, mas esse conceito já chegou também às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Para essas empresas, o ESG pode trazer benefícios como:
✔ Redução de custos (adotando práticas mais eficientes).
✔ Acesso a crédito facilitado, já que algumas instituições oferecem condições melhores para empresas sustentáveis.
✔ Atração de clientes que preferem comprar de empresas que prezam pela responsabilidade social.
ESG não é modismo, é o futuro da contabilidade!
A contabilidade deixou de ser apenas um setor burocrático e se tornou um aliado estratégico das empresas, ajudando na construção de um futuro mais sustentável. Mas para isso, os contadores precisam se atualizar e entender como o ESG contábil pode ser aplicado na prática.
O desafio é grande, mas as oportunidades são ainda maiores! Afinal, quem se especializar em ESG não só terá mais chances de crescimento profissional, mas também poderá ajudar empresas a fazerem a diferença no mercado e no mundo.
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