Reforma Tributária
Ministério da Fazenda Avalia Revisão na Tributação de Fundos com a Chegada da Reforma Tributária

Com a promulgação da Reforma Tributária e as mudanças estruturais no sistema fiscal brasileiro, o Ministério da Fazenda começou a avaliar possíveis ajustes na tributação de fundos de investimento. Essa revisão busca alinhar o setor às novas diretrizes, garantir maior equidade tributária e reduzir distorções no mercado financeiro.
Os fundos de investimento, que historicamente desempenham um papel fundamental na alocação de recursos no Brasil, serão impactados por um cenário tributário reformulado. Este texto explora os principais pontos que estão sendo discutidos, os impactos esperados e o que investidores e gestores devem considerar diante desse novo panorama.
O que muda com a Reforma Tributária?
A Reforma Tributária tem como objetivo simplificar o sistema tributário brasileiro, reduzindo o número de tributos e integrando a tributação sobre bens e serviços em um novo modelo composto pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Embora o foco inicial da reforma esteja na tributação do consumo, seus efeitos colaterais começam a reverberar em outros setores, incluindo os investimentos financeiros.
O Ministério da Fazenda sinalizou que a revisão da tributação de fundos será alinhada com os seguintes princípios:
- Eliminação de benefícios fiscais desiguais: Corrigir assimetrias entre diferentes tipos de investidores e fundos.
- Transparência tributária: Tornar mais clara e acessível a aplicação de impostos sobre rendimentos.
- Simplificação das regras: Reduzir a complexidade nas obrigações acessórias e no cálculo dos tributos.
Quais tipos de fundos podem ser afetados?
A revisão deve contemplar uma ampla gama de fundos de investimento, entre eles:
- Fundos de Investimento em Ações (FIA): Que atualmente possuem incentivos fiscais específicos.
- Fundos de Renda Fixa: Usados como alternativa de alocação para investidores conservadores.
- Fundos Exclusivos e Offshore: Geralmente utilizados por investidores de alta renda para planejamento patrimonial e diversificação.
- Fundos Imobiliários (FIIs): Populares por sua isenção tributária sobre rendimentos distribuídos a pessoas físicas.
Propostas em análise
Entre as principais propostas em discussão pelo Ministério da Fazenda estão:
- Fim da isenção de dividendos em FIIs: A possibilidade de tributação sobre rendimentos distribuídos por fundos imobiliários tem sido um ponto de atenção para o mercado. Essa mudança visaria aumentar a arrecadação e reduzir benefícios concentrados.
- Tributação uniforme de fundos exclusivos: Atualmente, os fundos exclusivos possuem vantagens tributárias, como o diferimento do pagamento de imposto sobre ganhos de capital. O governo avalia a implementação de regras que limitem essa prática.
- Revisão da tabela de alíquotas regressivas: A ideia é reformular o sistema de tributação de fundos abertos e fechados para criar uma progressividade maior, incentivando investimentos de longo prazo.
- Fim do “come-cotas” em determinados casos: O “come-cotas”, que antecipa a tributação sobre ganhos de fundos, poderá ser eliminado ou ajustado para determinados tipos de investimento, a fim de alinhar o sistema tributário com práticas internacionais.
Impactos no mercado financeiro
A revisão tributária dos fundos pode trazer diversas consequências para o mercado financeiro:
- Alteração na atratividade de investimentos: A tributação mais rígida pode reduzir a rentabilidade líquida de alguns fundos, levando investidores a buscar alternativas mais vantajosas.
- Mudanças no comportamento dos investidores: Com a possível equiparação de regimes tributários, investidores podem diversificar mais suas alocações, equilibrando riscos e benefícios.
- Impacto na arrecadação federal: As alterações devem ampliar a base de arrecadação, especialmente ao eliminar regimes preferenciais de tributação.
- Desafios para gestores de fundos: O setor precisará se adaptar às novas regras, ajustando estratégias e produtos para continuar atendendo às demandas dos clientes.
Cenário internacional como referência
A discussão sobre a tributação de fundos no Brasil não é isolada. Muitos países já adotaram modelos mais uniformes e transparentes. Por exemplo, nos Estados Unidos, fundos de investimento estão sujeitos a uma estrutura tributária clara, onde os rendimentos são taxados diretamente na fonte ou pelo investidor. Esse tipo de abordagem pode servir de inspiração para as mudanças brasileiras.
O que os investidores devem fazer?
Diante das incertezas sobre a revisão tributária, é essencial que investidores tomem algumas precauções:
- Acompanhe as discussões legislativas: Mudanças podem ocorrer rapidamente, e estar informado é crucial para evitar surpresas.
- Conte com orientação especializada: Consultar profissionais qualificados pode ajudar a avaliar os impactos das mudanças e ajustar estratégias de investimento.
- Diversifique sua carteira: Reduzir a exposição a um único tipo de fundo ou ativo pode ser uma maneira de mitigar os riscos associados a alterações tributárias.
A avaliação do Ministério da Fazenda sobre a tributação de fundos no contexto da Reforma Tributária sinaliza um movimento em direção a um sistema mais equitativo e eficiente. Apesar de potenciais desafios, as mudanças oferecem uma oportunidade para modernizar a estrutura tributária e aumentar a transparência no mercado financeiro.
Investidores e gestores devem se preparar para esse novo cenário, ajustando suas estratégias e buscando se antecipar às alterações. O diálogo entre governo, mercado e especialistas será fundamental para construir um modelo que equilibre arrecadação, competitividade e segurança jurídica.
ESCRITO POR: Equipe de Redação da Pigatti
Pigatti Contabilidade. ajudando os donos de negócios no Brasil
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Reforma Tributária: quais produtos vão receber o imposto seletivo?

Uma das principais mudanças da Reforma Tributária é a criação do Imposto Seletivo (IS), também chamado de “imposto do pecado”. Esse tributo federal é cumulativo e será aplicado sobre determinados produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
Na prática, isso significa que alguns itens pagarão tanto o IVA (CBS + IBS) quanto o Imposto Seletivo, tornando sua carga tributária ainda mais elevada. O objetivo declarado do governo e do Congresso é desestimular o consumo desses bens, o que pode resultar no aumento do preço final ao consumidor.
Embora a base do Imposto Seletivo já esteja definida na reforma, as alíquotas e os detalhes de regulamentação ainda dependerão de leis complementares futuras.
Quais produtos serão tributados pelo Imposto Seletivo?
As alíquotas do IS serão definidas pelo Poder Executivo, respeitando os limites estabelecidos em lei. Confira os principais produtos que serão impactados:
Veículos automotores: A tributação considerará eficiência energética, reciclabilidade e emissão de poluentes. Veículos para taxistas e pessoas com deficiência terão alíquota zero.
Embarcações e aeronaves: Serão tributadas com base em critérios ambientais.
Cigarros e derivados do tabaco: Haverá um escalonamento de alíquotas entre 2029 e 2033, acompanhando a redução progressiva do ICMS.
Bebidas alcoólicas: O imposto será proporcional ao teor alcoólico de cada bebida.
Bebidas açucaradas: A tributação seguirá regras específicas a serem definidas.
Bens minerais (exceto exportação): A alíquota máxima será de 2,5%.
Loterias, apostas e fantasy sports: A regulamentação detalhada será definida em legislação própria.
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Quando o Imposto Seletivo será cobrado?
O Imposto Seletivo será aplicado sobre a produção, comercialização e importação dos produtos listados. Exportações serão isentas, com exceção de bens minerais, energia elétrica e telecomunicações.
A transição para o novo sistema tributário será gradual. Em 2026, a CBS e o IBS começarão a ser testados, sem recolhimento efetivo. Empresas precisarão incluir os novos tributos na nota fiscal apenas para simulação.
A partir de 2027, a mudança começa a valer e o antigo sistema tributário será extinto progressivamente até 2033. A cada cinco anos, o Congresso avaliará a necessidade de ajustes na reforma.
Com isso, o Imposto Seletivo promete impactar diversos setores e produtos, exigindo atenção redobrada das empresas e consumidores sobre os custos adicionais gerados pela nova tributação.
Fonte: IOB Notícias
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Secretário dá ótima notícia para os brasileiros que querem comprar “alguma coisa”; entenda

Se você está esperando uma boa notícia para o bolso, aqui está: o poder de compra dos brasileiros pode aumentar em 10% nos próximos 15 anos. Mas como isso será possível? Segundo Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, essa mudança será impulsionada pela nova legislação tributária. Mas antes de sair comemorando, é preciso entender como isso vai funcionar na prática.
Como a Reforma Tributária pode aumentar o poder de comprar bens e serviços?
A ideia central da reforma é simplificar o sistema tributário, que, convenhamos, é uma verdadeira bagunça. Mas não basta só simplificar, também é preciso garantir que os impactos sejam positivos para a economia. E é aí que entra o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), já utilizado em diversos países, e que agora será adotado no Brasil.
A nova estrutura substitui impostos cumulativos por dois tributos principais: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Mas o que isso muda na prática? A promessa é que a eliminação da cumulatividade reduza distorções no mercado e traga mais transparência na cobrança dos impostos. Ou seja, menos “efeito cascata” nos preços, o que pode resultar em produtos e serviços mais acessíveis no longo prazo.
Mas o aumento no poder de comprar será imediato?
Infelizmente, não. Como toda grande mudança, a reforma terá um período de transição longo, que vai até 2033. Mas isso não significa que os efeitos positivos demorem tanto para aparecer. À medida que o novo sistema entrar em vigor e as empresas se adaptarem, a expectativa é de que a economia comece a sentir os benefícios.
Segundo Appy, a simplificação tributária tornará as empresas mais eficientes e reduzirá a sonegação, permitindo que a arrecadação se torne mais justa. Mas a grande aposta é que, com um sistema mais equilibrado, o crescimento econômico seja impulsionado. E quando a economia cresce, os salários acompanham, e o consumidor sente o impacto positivo no bolso.
Mas como isso afeta o dia a dia do brasileiro?
Se tudo correr conforme o esperado, a longo prazo, os preços tendem a cair, já que a carga tributária sobre o poder de comprar será mais justa e equilibrada. Mas claro, isso não acontece da noite para o dia. O modelo prevê uma transição para que as empresas possam se ajustar e, com isso, o mercado absorva as mudanças de forma menos brusca.
Outro ponto importante é que a reforma pode tornar o Brasil mais competitivo no cenário global. Mas como? Com um sistema tributário menos burocrático e mais eficiente, empresas estrangeiras podem enxergar o país como um local mais atrativo para investimentos. E mais investimentos significam mais empregos e mais dinheiro circulando na economia.
E os mais pobres, serão beneficiados?
Sim, e esse é um dos grandes diferenciais dessa reforma. A ideia não é apenas simplificar, mas também tornar o sistema mais justo. A previsão é de que a nova estrutura reduza desigualdades regionais e sociais, equilibrando melhor a arrecadação entre os estados e municípios. Além disso, o governo promete mecanismos para garantir que as classes mais baixas não sejam prejudicadas.
Outro ponto defendido por Appy é que a redução de custos para as empresas pode se refletir diretamente nos preços ao consumidor, ou seja, no poder de comprar. Mas será que as empresas realmente repassarão essas economias para os produtos? Isso vai depender da estrutura de mercado de cada setor, mas a lógica é que, com a redução da carga tributária sobre a produção, o preço final acabe sendo ajustado para baixo.
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Mas a reforma resolve todos os problemas do Brasil?
Definitivamente, não. Como o próprio secretário destacou, a reforma tributária não é uma solução mágica, mas sim um passo importante para tornar o sistema mais eficiente e justo. Outros desafios econômicos ainda precisarão ser enfrentados para que o país alcance um crescimento sustentável.
Mas uma coisa é certa: com um sistema tributário mais transparente e menos burocrático, as chances de um Brasil mais competitivo e com maior poder de compra para seus cidadãos aumentam significativamente. E se a previsão de Appy estiver correta, daqui a 15 anos, os brasileiros poderão sentir no bolso o impacto positivo dessa mudança.
Agora resta a pergunta: será que o novo sistema tributário cumprirá todas essas promessas? O tempo dirá, mas pelo menos já há um motivo para otimismo no horizonte.
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Destaque
Reforma Tributária: Não Espere o Amanhã, Transforme Sua Estratégia Fiscal Hoje

A transformação tributária que se aproxima exige ação imediata das empresas. A partir de 2026, o cenário empresarial brasileiro passará por uma reconfiguração completa com a implementação da reforma tributária. A preparação antecipada não é apenas recomendável, mas essencial para a sobrevivência no mercado.
Opinião Especializada: A Urgência da Preparação Segundo Especialista
Lucas Ribeiro, CEO da ROIT, destaca a necessidade de iniciar a preparação para as novas regras o mais rápido possível. Com experiência desde 2019 nos debates sobre o tema e participação em audiências públicas no Congresso Nacional, Ribeiro enfatiza que a reforma será implementada progressivamente de 2026 a 2033, exigindo adaptação contínua.
O Impacto Inevitável: Detalhes e Desafios da Nova Tributação
A transição para o novo modelo tributário exigirá agilidade e conhecimento, com alíquotas unificadas e o novo conceito de IVA impactando toda a cadeia de valor. A complexidade dos detalhes exige que as empresas dominem os números e se preparem minuciosamente ao longo de 2025.
Preparação Imediata: Passos Essenciais para a Adaptação
Para evitar complicações e garantir competitividade, as empresas devem seguir estes passos:
Ação Descrição Revisão de Contratos e Fornecedores Verificar se os acordos atuais estão em conformidade com a nova tributação e renegociar para evitar prejuízos futuros. Adequação de Sistemas de Gestão Atualizar ERPs e softwares fiscais para lidar com as mudanças nas apurações e cálculos de impostos. Treinamento da Equipe Capacitar os colaboradores para entenderem o impacto das mudanças e tomarem decisões assertivas. Revisão de Preços e Margens por Item Ajustar preços e margens conforme o novo custo tributário para garantir competitividade. Simulação de Cenários Utilizar ferramentas avançadas para prever impactos e elaborar estratégias robustas.
A Importância da Antecipação: Testar, Errar e Corrigir
Ribeiro compara a situação a tentar renegociar preços e treinar equipes em um curto período após a entrada em vigor da reforma. A antecipação oferece tempo para testes, correções e adaptações necessárias.
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Os Riscos da Inércia: Multas, Prejuízos e Perda de Mercado
A falta de preparo pode resultar em multas, perdas financeiras e decisões equivocadas, comprometendo a competitividade e os lucros. A adequação é fundamental para evitar esses riscos.
Contexto da Reforma: Origem e Regulamentação da EC 132/2023
A reforma tributária foi instituída pela Emenda Constitucional 132/2023, baseada na PEC 45/2019, e regulamentada pela lei complementar 214/2025, originada do PLP 68/2024.
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