O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou um aumento de 0,35% em setembro, considerado uma prévia da inflação oficial do país.
Em comparação com o mês anterior, houve um acréscimo de 0,07 ponto percentual (p.p.), visto que em agosto o índice registrou uma alta de 0,28%. Em setembro de 2022, o IPCA-15 foi negativo, chegando a -0,37%.
Com esses resultados, o IPCA-15 acumulou uma variação de 5% nos últimos 12 meses. No ano de 2023, o acumulado foi de 3,74%.
O destaque notável desta medição foi o aumento significativo no preço da gasolina, que subiu 5,18% no mês e teve o maior impacto no resultado geral do mês, contribuindo com 0,25 p.p.
O grupo de Transportes registrou um aumento de 2,02%, sendo a maior alta entre os nove grupos do IPCA-15.
Dos nove grupos avaliados pelo IBGE, seis apresentaram aumento em setembro. Além do grupo de Transportes, o grupo de Habitação também registrou alta, embora com uma desaceleração em relação ao mês anterior (1,08%).
Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas continua a mostrar uma desaceleração, com uma queda de 0,77% no mês, contribuindo com uma redução de -0,16 p.p. no índice geral.
Segundo o IBGE, a alta do índice neste mês foi fortemente influenciada pelo aumento dos preços da gasolina.
O preço da gasolina subiu 5,18%, contribuindo com um impacto de 0,25 ponto percentual no IPCA-15.
Já nos resultados do IPCA de agosto, divulgados neste mês, o IBGE já havia destacado que a gasolina era o subitem com a maior inflação no ano, e a prévia da inflação aponta para um agravamento dessa situação.
O IPCA-15 reflete completamente o aumento nos preços da gasolina e do diesel anunciado pela Petrobras em 15 de agosto. O preço do litro da gasolina subiu R$ 0,41 e o do diesel aumentou R$ 0,78.
Além do aumento significativo de 5,18% na gasolina, o diesel também teve um aumento expressivo de 17,93% no mês.
O preço dos combustíveis desempenha um papel crucial na inflação de médio prazo, pois leva a ajustes nos preços de toda a cadeia logística de bens, com um aumento nos custos de frete.
O gás veicular teve um aumento discreto de 0,05%, enquanto o etanol registrou uma queda de 1,41%. Como resultado, o subgrupo de combustíveis fechou o mês com um aumento de 4,85%.
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