Negócios
Formação de preço: Dificuldades em determinar o preço de seus produtos

A maioria das empresas possuem dificuldades para determinar o preço de seus produtos ou serviços. Essas dificuldades estão ligadas ao acesso às informações aliadas à preparação técnica dos empresários, além de outros fatores como o mercado, lei da oferta e da procura, poder aquisitivo de clientes e a qualidade dos produtos e serviços.
Vamos abordar alguns conceitos do tema:
Custos fixos
São os custos fixos de produção. São aqueles que existirão, não importando a quantidade produzida ou vendida. Exemplos de custos fixos: salários e encargos da equipe de produção e da administração, custo com energia elétrica, aluguel, tarifa de água, telefone, IPTU, manutenção, seguros, entre outros.
Custos variáveis
São os custos que mudam conforme a produção ou a quantidade de trabalho. Exemplos: matéria prima, insumos diretos, embalagens, impostos diretos de vendas como ICMS, IPI, SIMPLES NACIONAL, PIS, COFINS, IRPJ, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL, frete sobre vendas (quando pago pelo vendedor), mão de obra industrial, mão de obra terceirizada, comissão sobre vendas, entre outros.
Despesas fixas
Despesas que independem da organização estar funcionando ou não. Exemplo é o aluguel com o prédio, mesmo que não haja produção, a despesa vai existir.
Despesas variáveis
São aquelas realizadas em função das vendas. Exemplos: comissão sobre vendas, impostos sobre vendas, desconto com cartão de crédito.
Margem de contribuição
Com a alta competitividade do mercado precisamos cada vez mais saber qual produto ou serviço é mais rentável para obtermos lucro com mais facilidade. Assim sendo, precisamos saber qual a margem de contribuição da empresa. Essa parcela é que irá garantir a cobertura do custo fixo e proporcionar o lucro.
Margem de Contribuição é a resultante da dedução dos custos variáveis das receitas operacionais obtidas pela empresa. Sua fórmula é:
Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (custos variáveis + despesas variáveis).
Para ter esse resultado pleno é necessário um controle perfeito dos custos e despesas que podem ser obtidos através dos controles contábeis financeiros.
Ponto de equilíbrio
Ponto de equilíbrio é o ponto em que o total das receitas auferidas por uma empresa é igual ao total dos custos e despesas fixas e variáveis.
Para sabermos como se acha o ponto de equilíbrio basta dividir os custos e despesas fixas da empresa pelo percentual da Margem de Contribuição.
PE = (CF + DF) / MC

Margem de lucro
É a diferença entre o preço de compra e o preço de venda. A resultante será a margem de lucro da empresa.
Gostou? Confira também nossa matéria sobre IOF em Operações de Mútuo.
Markup
É o percentual do preço de venda que paga todas as contas que só existe quando ocorre uma venda de serviço ou produto. São quatro tipos de markup:
- Total: Todos os custos de fabricação de um produto mais as despesas de vendas e administrativas são incluídas no custo total. A composição do custo total é obtida somando os custos e despesas fixas mais o custo e despesas variáveis. O markup iguala-se ao lucro desejado.
Markup % = Lucro desejado / Custo total
- Produto: Somente os custos de fabricação de um produto são incluídos no custo. As despesas de vendas e administrativas mais os lucros.
Markup % = (Lucro desejado + despesas administrativas e de vendas) / Custo de fabricação
- Variável: Somente custos fixos e despesas fixas mais os lucros são incluídos no markup. Os custos variáveis e despesas variáveis, estão incluídas no montante do custo
Markup % = (Lucro desejado + custos despesas fixas) / Custo e despesas variáveis
- Markup divisor: Fator de formação do preço de venda. O markup divisor é calculado da seguinte equação:
100% – % despesas variáveis – % despesas fixas – % lucro líquido
Preço de venda
O preço ideal de venda é aquele que cobre todos os custos e despesa do produto e venda e ainda proporciona um retorno desejado pela empresa.
Exemplo de cálculo do preço de venda:
▶ Custo Variável: R$ 30,00
▶ Despesas Variáveis: 7%
▶ Despesas Fixas: 30%
▶ Lucro Líquido: 8%
– Preço de Venda = R$ 30,00/ (100% – 7 % – 30% – 8%) = R$ 30,00/55% = R$ 54,54
Demonstrativo do Resultado:
▶ Preço de Venda: R$ 54,54 (100%)
▶ Custo Direto Variável: R$ 30,00 (55%)
▶ Despesas Variáveis: R$ 3,82 (7%)
▶ Despesas Fixas: R$ 16,36 (30%)
= Lucro Líquido: R$ 4,36 (8%)
De maneira geral, saber como formar o preço de seu produto ou serviço, não é tarefa fácil. Além de fazer os cálculos acima, se deve colher informações constantes sobre o preço praticado no mercado (concorrência).
Em situação que o preço de mercado for menor, o empresário deverá desenvolver um plano de ação para diminuir seus custos e despesas para se tornar competitivo ou ter consciência de lucro inferior.
Os principais objetivos na formação de preços são proporcionar, em longo prazo, o maior lucro possível, permitir a maximização lucrativa da participação de mercado, maximizar as capacidades produtivas, evitando ociosidade e desperdício operacional e maximizar o capital empregado para gerar continuidade aos negócios.
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Fonte: LBRK
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Chamadas
Nova regra mudará tudo! Veja se sua empresa perturba a saúde mental dos funcionários

A saúde mental dos funcionários nunca foi tão discutida, mas agora virou regra: a nova atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) obrigará as empresas a monitorarem e prevenirem riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Mas o que isso significa na prática? As companhias terão que identificar fatores como assédio moral, sobrecarga e jornadas exaustivas para evitar que seus funcionários adoeçam. Mas o que acontece se não cumprirem essa exigência? Penalidades severas estão no horizonte!
Nos últimos anos, os afastamentos por transtornos mentais dispararam no Brasil. Mas em 2024, o cenário atingiu um novo recorde: 472 mil licenças concedidas, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério da Previdência Social. Esse crescimento alarmante acelerou a necessidade de mudanças, e a partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas deverão adotar medidas para proteger a saúde psicológica dos seus trabalhadores.
O que muda com a nova NR-1 para a saúde mental?
Mas, afinal, o que as empresas precisarão fazer? A principal mudança será a inclusão obrigatória da avaliação de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que as companhias precisarão:
- Identificar fatores de risco como sobrecarga, insegurança no emprego e assédio moral;
- Avaliar a gravidade desses riscos e definir prioridades de ação;
- Implementar medidas preventivas e corretivas;
- Monitorar continuamente a eficácia dessas ações.
Mas não basta apenas dizer que se preocupa com a saúde mental. Empresas que não levarem a exigência a sério poderão enfrentar fiscalizações, multas e até processos trabalhistas. “A atualização tira a saúde mental da esfera de ‘benefício’ e a posiciona como uma questão de compliance e gestão de riscos”, afirma Ana Carolina Peuker, especialista em saúde mental no trabalho.
Empresas que não se adaptarem podem pagar caro
As companhias que não cumprirem as novas regras poderão sofrer autuações, multas e até interdições. Mas há consequências ainda mais graves: funcionários que adoecerem devido ao ambiente de trabalho poderão acionar a Justiça e solicitar indenizações por danos morais e materiais. Além disso, empresas que ignorarem a NR-1 podem enfrentar processos administrativos e ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho.
Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, alerta para o problema do “wellbeing washing”, que ocorre quando empresas tentam parecer preocupadas com a saúde mental, mas sem adotar medidas concretas. “Muitas vão criar campanhas e palestras motivacionais, mas se a rotina continuar tóxica, nada muda de verdade”, diz.
Veja mais:
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Impacto na cultura corporativa na saúde mental do trabalhador?
A mudança na legislação pode transformar a cultura organizacional, mas especialistas alertam que os primeiros impactos levarão tempo para aparecer. “Os resultados reais podem levar de dois a cinco anos para se consolidarem”, afirma Peuker. Mas, para os funcionários, a nova regra já representa um avanço significativo na proteção contra ambientes de trabalho abusivos.
Com a exigência de ações concretas, empresas que antes negligenciavam o bem-estar dos funcionários agora serão obrigadas a agir. Mas será que todas farão isso da forma correta? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: ignorar a nova regra pode sair muito caro para quem não levar a sério a saúde mental no ambiente corporativo.
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Contabilidade
Resultado de Enquete do Jornal Contábil revela incertezas e desafios da Reforma Tributária para contadores

A Reforma Tributária, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, tem gerado debates acalorados e expectativas diversas entre os profissionais da área contábil. Uma recente enquete realizada pelo Jornal Contábil buscou mapear as principais preocupações dos contadores em relação às mudanças propostas. Os resultados revelam um cenário de incertezas, desafios e a necessidade de adaptação por parte dos profissionais
Tabelas dos Gráficos da Enquete sobre a Reforma Tributária
1. O que você percebe que mais preocupa seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Preocupação | Percentual |
---|---|
Aumento da carga tributária | 67,8% |
Necessidade de revisar o modelo de negócios | 5,4% |
Insegurança jurídica na transição | 1,5% |
Falta de clareza sobre os impactos financeiros | 25,4% |
2. Na sua opinião, qual é o maior desafio da Reforma Tributária para os contadores?
Desafio | Percentual |
---|---|
Adaptação às novas regras e exigências fiscais | 69,7% |
Mudança na forma de apuração e aproveitamento de créditos | 9% |
Impacto da tributação no destino e novas alíquotas | 5,2% |
Custos de adaptação tecnológica e obrigações acessórias | 16,1% |
3. Você sente que já tem informações suficientes para orientar seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Resposta | Percentual |
---|---|
Sim, estou acompanhando e me preparando | 6,8% |
Mais ou menos, ainda há muitas dúvidas | 15,8% |
Não, preciso de mais informações e capacitação | 77,4% |
4. O que poderia ajudar você e seu escritório na transição da Reforma Tributária?
Ajuda | Percentual |
---|---|
Materiais práticos e guias explicativos | 44,5% |
Treinamentos específicos sobre a nova tributação | 40,9% |
Ferramentas tecnológicas para facilitar a adaptação | 10,2% |
Parcerias estratégicas com especialistas em planejamento tributário | 4,4% |
Baixe a Planilha em PDF da Enquete
Como foi Realizada Enquete: A enquete foi computada no canal e comunidades do whatsapp do Jornal Contábil em Fevereiro de 2025
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Chamadas
ESG abre caminho para novas oportunidades na contabilidade

O conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) já se tornou um dos pilares para o futuro dos negócios, mas ainda há muitas empresas que não sabem como aplicá-lo corretamente. E é aí que os contadores entram em cena! A contabilidade, que antes era vista apenas como uma ferramenta para organizar números e tributos, agora tem um papel fundamental na adoção de práticas sustentáveis dentro das organizações.
Se antes as demonstrações financeiras se limitavam a números e balanços, agora elas incluem também a transparência ambiental e social. Empresas que querem atrair investidores, conquistar consumidores e se destacar no mercado precisam demonstrar um compromisso real com a sustentabilidade. Mas isso não significa apenas falar sobre o assunto, e sim relatar e comprovar o impacto social e ambiental das operações.
E é exatamente isso que o ESG contábil proporciona: uma nova maneira de integrar esses aspectos na rotina financeira das empresas, garantindo relatórios confiáveis, auditorias e uma visão mais ampla sobre o impacto dos negócios. Mas como esse movimento funciona na prática?
O que é ESG contábil e por que ele está transformando o mercado?
O ESG contábil nada mais é do que a aplicação dos princípios de sustentabilidade dentro da contabilidade. Ele envolve a coleta e análise de dados financeiros e não financeiros para que as empresas possam medir o quanto suas ações realmente são sustentáveis.
Alguns exemplos práticos de ESG dentro da contabilidade incluem:
- Relatórios que detalham a emissão de gases de efeito estufa e o impacto ambiental da empresa.
- Indicadores sobre diversidade e inclusão dentro do quadro de funcionários.
- Transparência sobre práticas trabalhistas e engajamento com stakeholders.
Isso significa que contadores com conhecimento em ESG não só podem ajudar empresas a se adequarem às novas normas, mas também agregar valor ao mercado, atraindo novos clientes e fortalecendo suas carreiras.
Por que ESG contábil é um diferencial para empresas e investidores?
Empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas seguem regulamentações ambientais, mas também se tornam mais atrativas para investidores. E isso não é exagero!
Os investidores estão cada vez mais atentos a critérios ESG antes de colocar dinheiro em uma empresa. Isso acontece porque empresas sustentáveis tendem a ser mais resilientes a crises e menos propensas a problemas jurídicos ou financeiros relacionados ao meio ambiente e à governança.
Além disso, consumidores estão priorizando marcas que se preocupam com o impacto que causam. Relatórios contábeis que incluem métricas ESG podem ser um fator decisivo na hora de conquistar clientes que buscam transparência e responsabilidade.
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Oportunidade para contadores: como atuar com ESG
Os contadores que se especializarem em ESG contábil terão uma vantagem competitiva enorme nos próximos anos. Afinal, o ESG não é apenas um movimento passageiro, mas sim um novo padrão de mercado.
Para atuar nesse setor, os profissionais devem se capacitar em temas como:
✅ Regulamentações ambientais que afetam as empresas.
✅ Normas internacionais de relatórios sustentáveis.
✅ Ferramentas para calcular o impacto ambiental e social das organizações.
✅ Identificação de greenwashing (empresas que tentam parecer sustentáveis, mas na prática não são).
O perigo do greenwashing e a responsabilidade dos contadores
Se por um lado o ESG tem trazido avanços para o mercado, mas por outro também há empresas que tentam enganar consumidores ao se venderem como sustentáveis sem realmente aplicar essas práticas. Esse fenômeno é conhecido como greenwashing, uma estratégia de marketing que cria uma imagem falsa de sustentabilidade.
Casos famosos de greenwashing mostram como empresas já foram advertidas por propaganda enganosa. Exemplos incluem:
- Volkswagen, que manipulou dados sobre emissões de poluentes.
- Fiat, que anunciou um “pneu superverde” sem comprovação ambiental.
- Ford, que divulgou um modelo de carro como ecológico, mas que na prática teve péssimo desempenho ambiental.
Os contadores têm um papel crucial em evitar que esse tipo de prática aconteça. Mas como? Através da auditoria e da transparência dos relatórios financeiros, garantindo que as empresas realmente estejam cumprindo o que prometem.
Como as PMEs podem se beneficiar do ESG?
Muita gente acredita que sustentabilidade é coisa de empresa grande, mas esse conceito já chegou também às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Para essas empresas, o ESG pode trazer benefícios como:
✔ Redução de custos (adotando práticas mais eficientes).
✔ Acesso a crédito facilitado, já que algumas instituições oferecem condições melhores para empresas sustentáveis.
✔ Atração de clientes que preferem comprar de empresas que prezam pela responsabilidade social.
ESG não é modismo, é o futuro da contabilidade!
A contabilidade deixou de ser apenas um setor burocrático e se tornou um aliado estratégico das empresas, ajudando na construção de um futuro mais sustentável. Mas para isso, os contadores precisam se atualizar e entender como o ESG contábil pode ser aplicado na prática.
O desafio é grande, mas as oportunidades são ainda maiores! Afinal, quem se especializar em ESG não só terá mais chances de crescimento profissional, mas também poderá ajudar empresas a fazerem a diferença no mercado e no mundo.
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