Economia brasileira deve crescer 1,52% em 2024, segundo instituições financeiras

As instituições financeiras mantiveram a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano em 1,52%.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de um crescimento de 2%, seguido por outra projeção de expansão do PIB de 2% em 2026, conforme indicado pelo mercado financeiro.

Contrariando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, conforme relatado pelo IBGE. Entre janeiro e setembro, o crescimento acumulado atingiu 3,2%.

Como resultado, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandêmico registrado nos últimos três meses de 2019.

As estimativas do mercado apontam para um PIB de 2,92% em 2023, com os resultados do quarto trimestre e do ano consolidado programados para serem divulgados pelo IBGE em 1º de março.

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Quanto à cotação do dólar, a previsão é de R$ 5 para o final deste ano, e espera-se que alcance R$ 5,03 até o final de 2025

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IPCA

A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve uma leve variação, passando de 3,91% para 3,9% neste ano, conforme indicado no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central.

O boletim é uma pesquisa semanal que apresenta as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para os anos de 2025 e 2026, a projeção da inflação permaneceu estável em 3,5%.

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A estimativa para 2024 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um intervalo de 1,5% a 4,5%.

Em relação a 2025 e 2026, as metas de inflação foram mantidas em 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Boletim Focus continua apresentando previsões para 2023, pois os números ainda estão sendo consolidados.

De acordo com o mercado financeiro, a inflação do ano passado deve fechar em 4,46%. Os dados oficiais de 2023 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no próximo dia 11.

Em novembro de 2023, o aumento nos preços dos alimentos exerceu pressão sobre a inflação, com o IPCA registrando 0,28%, um aumento em relação à taxa de setembro, que foi de 0,24%.

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A inflação acumulada em 2023 atingiu 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice consolidado está em 4,68%.

A meta estabelecida pelo CMN para 2023 é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Segundo o Banco Central, no último Relatório de Inflação, a probabilidade de o índice oficial ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 17%.

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Juros básicos

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, a qual foi fixada em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

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Após sucessivas reduções no final do primeiro semestre de 2023, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, uma movimentação prevista por economistas.

O comportamento dos preços levou o Banco Central a realizar quatro cortes nos juros no último semestre, em todas as reuniões do Copom.

Em comunicado, o colegiado anunciou a intenção de continuar com novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, sem especificar quando pretende interromper a redução da taxa Selic. De acordo com o BC, essa decisão dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.

Segundo as previsões do mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre o ano de 2024 em 9% ao ano.

A primeira reunião do Copom em 2024 está agendada para 30 e 31 de janeiro. Para o final de 2025 e 2026, a projeção é de que a Selic se mantenha em 8,5% ao ano em ambos os anos.

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No período de março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 aumentos consecutivos, em um ciclo de aperto monetário iniciado em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, até agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano.

Antes do início do ciclo de aumento, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, atingindo o nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986.

Devido à contração econômica gerada pela pandemia de COVID-19, o Banco Central reduziu a taxa para estimular a produção e o consumo, mantendo-a no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, impactando os preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.

Além da Selic, os bancos levam em consideração outros fatores ao definir os juros para os consumidores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, podendo, assim, dificultar a expansão da economia.

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Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, espera-se que o crédito fique mais acessível, estimulando a produção, o consumo e reduzindo o controle sobre a inflação, promovendo a atividade econômica.

Esther Vasconcelos

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