Contabilidade
Brasil atinge 21,6 milhões de empresas ativas em 2024; Simples Nacional domina 84% do mercado

Introdução ao Relatório Jornal Contábil de Empresas no Brasil
O Brasil encerrou 2024 com 21,6 milhões de empresas ativas, segundo dados oficiais da Receita Federal. Desse total, 18,2 milhões (84%) estão enquadradas no Simples Nacional, regime que impulsiona micro e pequenos negócios. Este levantamento inédito, elaborado com base em dados do Sebrae, IBGE e Receita Federal, revela não apenas a distribuição geográfica das empresas, mas também os desafios de um sistema tributário classificado como um dos mais complexos do mundo.
1. O Predomínio do Simples Nacional
O Simples Nacional consolida-se como a espinha dorsal do empreendedorismo brasileiro. Criado para simplificar a cobrança de impostos, o regime atrai empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, incluindo MEIs, micro e pequenas empresas.
Tabela 1: Perfil das Empresas no Simples Nacional
Característica Dados Número total de empresas 18,2 milhões Estados com maior adesão Bahia (85%), Pernambuco (83%) Setores predominantes Comércio (45%), Serviços (38%) Crescimento de MEIs (2020-2024) +50% (de 12,1 mi para 18,2 mi)
Fonte: Receita Federal (2024).
Apesar da popularidade, o regime enfrenta críticas. Carlos Eduardo Martins, economista do Sebrae, alerta:
“Muitas empresas ultrapassam o limite de faturamento sem planejamento, gerando multas retroativas. Em 2023, 32 mil negócios foram excluídos do Simples por irregularidades.”
2. Regimes Tributários: Quem Paga Mais?
Além do Simples, os regimes de Lucro Presumido e Lucro Real atendem a 14,8% das empresas, mas respondem por 68% da arrecadação tributária federal.
Tabela 2: Comparativo entre Regimes Tributários
Regime Nº de Empresas Faturamento Anual Custo Médio de Compliance/Ano Simples Nacional 18,2 milhões Até R$ 4,8 milhões R$ 5 mil Lucro Presumido 2,1 milhões R$ 4,8mi até R$ 78 mi R$ 40 mil Lucro Real 1,1 milhão Acima de R$ 78 milhões R$ 120 mil Outros 200 mil Varia por setor R$ 25 mil
Fonte: Sebrae e Receita Federal (2024).
Lucro Presumido:
- Predomina no Sul (18% em Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
- Setores como comércio exterior e indústria têxtil são os maiores contribuintes.
Lucro Real:
- Concentra-se em São Paulo (40% do total).
- Bancos e seguradoras são obrigados a aderir, independente do faturamento.
3. Mapa das Empresas por Estado: Sudeste Rico, Nordeste Informal
A atividade empresarial reflete as desigualdades regionais. Enquanto o Sudeste abriga 44% das empresas formais, o Nordeste lidera em informalidade (50% da economia, segundo o IBGE).
Tabela 3: Top 5 Estados em Número de Empresas
Estado | Empresas Ativas | Regime Predominante | Destaque Econômico |
---|---|---|---|
São Paulo | 7,3 milhões | Simples Nacional (76%) | 45% do PIB industrial nacional |
Minas Gerais | 2,1 milhões | Simples Nacional (82%) | Polo de tecnologia em BH (+7% em 2024) |
Rio de Janeiro | 1,9 milhão | Simples Nacional (70%) | Turismo responde por 25% dos MEIs |
Rio Grande do Sul | 1,4 milhão | Lucro Presumido (15%) | Energia eólica (+12% em investimentos) |
Bahia | 1,1 milhão | Simples Nacional (85%) | 60% das empresas são informais |
Fonte: Sebrae e IBGE (2024).
Caso Bahia:
Apesar do alto número de empresas no Simples, o estado tem a segunda maior taxa de informalidade do país (50%). “Falta acesso a crédito e orientação contábil”, explica Ana Lúcia Santos, presidente da Federação das Empresas Baianas.
4. Tendências para 2025: Digitalização e Reforma Tributária
4.1 Revolução dos MEIs Digitais
Plataformas como iFood, Uber e GetNinjas impulsionaram o registro de 1,2 milhão de novos MEIs em 2024.
4.2 Impactos da Reforma Tributária
A fusão de PIS/Cofins na CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), aprovada em 2023, promete simplificar tributos federais. Para Renata Vaz, especialista em direito tributário:
“A reforma reduzirá custos para empresas de médio porte, mas microempresas podem sentir aumento na carga fiscal dependendo do setor.”
5. Os Desafios da Complexidade Fiscal
O Brasil ocupa a 154ª posição no ranking de facilidade para pagar impostos do Banco Mundial. Entre os entraves estão:
- Cumprimento de obrigações acessórias: Empresas do Lucro Real gastam 600 horas/ano com declarações.
- Alta informalidade: 48% da economia opera à margem da lei, segundo o IBGE.
Tabela 4: Custo da Informalidade
Indicator Dados Perda anual de arrecadação R$ 300 bilhões Negócios informais 10,3 milhões Setores mais afetados Construção (62%), Comércio (58%)
Fonte: IBGE e CNC (2024).
6. Recomendações para Empresas
- Micro e pequenas empresas:
- Utilize o Simulador do Simples Nacional para projetar faturamento.
- Regularize-se como MEI para acessar crédito subsidiado.
- Médias empresas:
- Migre para o Lucro Presumido se ultrapassar R$ 4,8 milhões/ano.
- Aproveite incentivos fiscais estaduais (ex.: redução de ICMS no Paraná).
- Grandes empresas:
- Invista em inteligência artificial para gestão tributária.
- Monitore mudanças na CBS para ajustar precificação.
Conclusão
Os números mostram um Brasil empreendedor, mas ainda refém da burocracia. Enquanto o Simples Nacional democratiza o acesso ao formalismo, a alta carga tributária e a complexidade fiscal limitam a competitividade. Para Paulo Guedes, ex-ministro da Economia:
“Sem simplificação real, continuaremos a ver empresas crescendo na informalidade ou fechando as portas.”
Créditos e Fontes:
- Dados: Receita Federal, Sebrae, IBGE e CNC.
- Colaboração: ABCONT (Associação Brasileira de Contabilidade).
- Edição: Equipe de Economia do Jornal Contábil.
- Contato: [email protected]
Publicado em 15 de julho de 2024. Proibida reprodução sem créditos.
Nota: Para dados personalizados por setor ou município, acesse o Portal da Transparência da Receita Federal.
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Descubra se seu trabalho de contabilidade está valendo a pena
Não basta apenas acordar cedo e trabalhar todo os dias, é preciso entender se o seu ofício está rendendo o que é necessário.

Se você trabalha na área da contabilidade, sabe que lidar com prazos apertados, uma montanha de documentos e atualizações fiscais constantes faz parte da rotina. Mas será que o seu trabalho está realmente valendo a pena? Ou será que você e sua equipe estão atolados de tarefas sem conseguir mensurar o impacto real do esforço diário?
Manter a produtividade em um escritório de contabilidade não é só sobre cumprir prazos, mas também sobre eficiência, organização e qualidade do serviço prestado. Mas como medir se o seu trabalho está rendendo o esperado? E mais: como melhorar a performance sem se sobrecarregar?
Como medir a produtividade no escritório de contabilidade?
Mensurar a produtividade em um escritório de contabilidade vai além de contar quantas declarações foram entregues ou quantos relatórios fiscais foram gerados. Mas como fazer isso de maneira eficiente? Algumas estratégias podem ajudar:
✔ Controle de prazos: Ter um sistema para acompanhar tarefas e evitar atrasos é essencial. Se o escritório está sempre no limite do prazo, algo pode estar errado na organização do fluxo de trabalho.
✔ Monitoramento de tarefas: Se algumas atividades levam muito mais tempo do que o esperado, pode ser um sinal de que há gargalos no processo.
✔ Distribuição de trabalho: Se um profissional está sobrecarregado enquanto outro tem tempo livre, isso pode indicar que a gestão de tarefas precisa ser ajustada.
✔ Feedback dos clientes: A satisfação dos clientes também é um termômetro importante. Atrasos frequentes ou erros podem comprometer a credibilidade do escritório.
Benefícios de acompanhar a produtividade
Se um escritório de contabilidade quer crescer e manter a qualidade dos serviços, monitorar a produtividade é um passo essencial. Mas o que isso traz de vantagem real?
- Maior controle sobre prazos: Evita multas e mantém a credibilidade do escritório.
- Redução de retrabalho: Erros acontecem, mas um fluxo de trabalho bem organizado minimiza esse problema.
- Melhor distribuição das atividades: Permite equilibrar as tarefas entre os profissionais, evitando sobrecarga.
- Transparência na equipe: Quando todos sabem suas responsabilidades e têm acesso a indicadores de desempenho, o ambiente se torna mais organizado e eficiente.

Como um software pode ajudar na contabilidade?
Gerenciar um escritório de contabilidade sem tecnologia pode ser um verdadeiro pesadelo. Planilhas manuais podem até funcionar por um tempo, mas não oferecem a visibilidade e o controle necessários para manter tudo em dia.
Um software de gestão de tarefas pode transformar a rotina contábil, automatizando processos, acompanhando tarefas em tempo real e otimizando o fluxo de trabalho. Algumas vantagens incluem:
- Automação de processos: Define padrões para cada atividade, como fechamento de folha de pagamento e envio de declarações fiscais.
- Monitoramento contínuo: Painéis de controle e relatórios mostram o andamento das tarefas, facilitando a tomada de decisões.
- Distribuição equilibrada de trabalho: Evita que um colaborador fique sobrecarregado enquanto outro tem menos demanda.
O trabalho de contabilidade está valendo a pena?
A resposta depende de como você gerencia sua produtividade e otimiza sua rotina. Se sua equipe está sempre correndo contra o tempo, enfrentando atrasos e refazendo tarefas, talvez seja hora de rever processos e buscar ferramentas que facilitem o trabalho.
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A tecnologia pode ser uma grande aliada nesse processo. Com um software de gestão eficiente, fica muito mais fácil organizar tarefas, distribuir responsabilidades e garantir que o trabalho seja feito de forma mais ágil e assertiva.
Se você sente que precisa melhorar a produtividade do seu escritório de contabilidade, talvez seja a hora de investir em uma gestão mais estratégica. Afinal, trabalhar muito não significa necessariamente trabalhar bem. O segredo está em organizar melhor o tempo e os processos para alcançar mais resultados com menos esforço!
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IOB realiza live nesta segunda (17) para tirar dúvidas sobre a Declaração do Imposto de Renda 2025
Especialistas vão explicar as novas regras e detalhar o que mudou na declaração deste ano

A IOB, que une Inteligência em legislação e Tecnologia avançada para resolver os desafios de contadores e de empresas, vai realizar nesta segunda-feira, 17/3, às 10h, uma live em seu canal do YouTube, sobre as principais mudanças na declaração do Imposto de Renda 2025. Para ficar por dentro das novas regras e tirar as principais dúvidas de como preencher corretamente o documento, os especialistas em Imposto de Renda da IOB Valdir Amorim e Daniel de Paula vão analisar o programa da Declaração do Imposto de Renda divulgado pela Receita Federal, destacando as novidades e principais pontos aos quais os contribuintes devem ficar mais atentos.
Eles comentaram tópicos importantes como:
• Senha gov.br e as regras de LGPD;
• Atualização a valor de mercado de bens imóveis (Lei 14.973/2024);
• Revisão ponto a ponto da Declaração Pré-preenchida.
A IOB também preparou um E-book para auxiliar o contribuinte separar os documentos necessários para a Declaração.
Serviço: Live IRPF 2025: O que mudou no IR de 2024 para 2025?Dia: 17/3Horário: 10hLocal: canal da IOB no YouTube
IOB I Tecnologia e Inteligência
A IOB une Inteligência em legislação e Tecnologia avançada para resolver os desafios de contadores e empresas. Referência nas áreas fiscal, contábil, tributária, trabalhista, previdenciária e jurídica, se destaca pela confiabilidade aliada às soluções tecnológicas, inteligentes e humanizadas para cada cliente.
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Contabilidade: próxima semana será agitada com 4 obrigações vencendo!

A partir da próxima segunda-feira dia 17 de março, os contadores e empresários precisam estar atentos ao prazo de envio de quatro obrigações acessórias.
A semana será atribulada, pois além do início das entregas das declarações do Imposto de Renda, vencem os prazos da EFD-Reinf, da EFD-Contribuições, Dirbi e PGDAS-D
A EFD-Reinf é a primeira com o prazo para dia 17, cujo período de apuração é relativo a fevereiro/2025. Em sequência, no dia 18, é a vez da EFD-Contribuições com período de apuração referente a janeiro/2025.
Mas as obrigações não terminam aí. No dia 20 vencem a Dirbi (período de janeiro/25) e PGDAS-D ( período de fevereiro/25)
Portanto, é muito trabalho para os contadores e profissionais de contabilidade que precisam lidar em suas rotinas com os prazos. Sabendo que, o envio fora da data acarreta em multas e penalidades.
Acompanhe a seguir.
Quem deve entregar a EFD-Reinf?
Por meio da IN 2.096/2022, foi instituída a obrigatoriedade da EFD-Reinf para as pessoas físicas e jurídicas que efetuarem a retenção do Imposto de Renda e das Contribuições Sociais, aquelas atualmente obrigadas a DIRF.
O que é a EFD-Contribuições e quem deve enviar?
A EFD-Contribuições é um dos pilares do projeto do SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, que apura os valores referentes aos impostos do PIS e COFINS. Os contribuintes sujeitos a entrega são os com regime de apuração cumulativo (Lucro Presumido) e o regime não cumulativo (Lucro Real).
A entrega da EFD-Contribuições é obrigatória para empresas que estão sujeitas à incidência das contribuições sociais, tais como PIS e COFINS.
Isso inclui empresas do regime de apuração não cumulativa, empresas do regime de apuração cumulativa com faturamento superior a determinado valor estabelecido pela legislação e empresas do regime de lucro presumido ou Simples Nacional com faturamento superior a esse mesmo valor.
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- INSS alerta sobre mudança nos benefícios previdenciários
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- Hora Extra: Quem Pode Fazer e Quais as Regras?
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O que é a DIRBI e quem precisa enviar?
A Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e imunidades de Natureza Tributária (Dirbi) é a mais recente obrigação acessória que entrou no radar dos contadores e empresas.
Seu objetivo é monitorar e fiscalizar os incentivos fiscais e benefícios tributários concedidos. Assim, a DIRBI surgiu com uma resposta direta à necessidade de maior transparência e controle sobre esses mecanismos.
A declaração da DIRBI deve ser realizada mensalmente, especialmente por:
- pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas;
- consórcios que realizam negócios jurídicos em nome próprio, inclusive a contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício;
No entanto, se a empresa recebe qualquer tipo de incentivo fiscal, é obrigatória a declaração. Vale lembrar também que, as empresas no regime do Simples Nacional que recolherem a CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta), ou seja, optaram pela desoneração da folha, deverão declarar a DIRBI.
O que é PGDAS-D?
É um programa utilizado para empresas que fazem parte do Simples Nacional para conseguirem gerar suas guias de recolhimento dos impostos.
Vale tanto para empresas que tiveram movimentações durante o último mês ou não, ou seja, independentemente das transações, deve ser declarado que não houve movimentações.
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