Imagem: Freepik
Nesta quinta-feira (21), o mercado financeiro brasileiro reflete a instabilidade global e incertezas internas, com o dólar registrando forte alta e a Bolsa de Valores de São Paulo operando em queda. A escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia e a falta de definições sobre ajustes fiscais no Brasil são os principais fatores que pressionam os indicadores.
O Cenário Econômico
A aversão ao risco, motivada por tensões geopolíticas e econômicas, impulsiona os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o dólar. Por volta das 15h, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, apresentava queda de 0,69%, situando-se em 127.315 pontos. O dólar comercial, por sua vez, era negociado com alta expressiva de 0,76%, sendo cotado a R$ 5,812, enquanto o dólar turismo subia 0,61%, chegando a R$ 6,039.
O conflito entre Rússia e Ucrânia se agravou, com o lançamento, pela primeira vez, de um míssil balístico intercontinental pela Rússia contra Kiev, conforme relatado pelo governo ucraniano. Esse ataque, ocorrido na manhã desta quinta-feira, intensifica as preocupações de uma escalada no conflito, o que pressiona ainda mais o mercado global.
Além do cenário internacional, os investidores brasileiros aguardam ansiosamente definições sobre cortes de gastos no governo federal. Uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prevista para o fim da tarde de hoje, mas é possível que anúncios oficiais sejam adiados para a próxima semana.
Outro fator que contribui para a desvalorização do real é a movimentação de investidores internacionais. O iene japonês, por exemplo, valorizou-se 0,43% em relação ao dólar nesta quinta-feira. Essa alta torna mais caro o capital originado no Japão, que frequentemente é usado para investimentos em mercados emergentes como o Brasil. Com a redução desses fluxos financeiros, a demanda por reais diminui, enfraquecendo a moeda brasileira.
Enquanto o cenário geopolítico permanece volátil e o Brasil enfrenta desafios econômicos internos, o mercado financeiro deve continuar oscilando. Para os investidores, é essencial monitorar os desdobramentos internacionais e as decisões econômicas do governo brasileiro, que podem impactar significativamente o comportamento do dólar e da Bolsa nas próximas semanas.
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