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As Redes Sociais realmente fazem tão mal?

O crescimento do uso das redes sociais levou a ciência a estudar o seu impacto na saúde física e mental de adultos e adolescentes. Algumas conclusões são assustadoras: o uso excessivo está relacionado ao aumento da depressão, ansiedade e até suicídio.
O documentário O Dilema das Redes apresentou dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que mostram que, entre 2009 e 2018, houve um aumento de 70% do suicídio entre as adolescentes e de 151% entre as pré-adolescentes americanas. O estudo mostra ainda um aumento de 189% dos casos de autoflagelo em meninas de 10 a 14 anos, e de 62% entre meninas de 15 a 19 anos. Segundo os profissionais entrevistados no documentário, o crescimento dessas doenças mentais coincide com a expansão das redes sociais.
O Brasil também registrou um aumento no número de suicídios entre os jovens de 2009 a 2018. Segundo o Datasus, houve alta de 53% entre os pré-adolescentes de 10 a 14 anos e de 56% entre os jovens de 15 a 19 anos. O estudo Indicador de Confiança Digital (ICD), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra o impacto das redes na vida dos jovens brasileiros: para 41% dos entrevistados, elas causam sintomas como tristeza, ansiedade ou depressão.
Mas, afinal, por que as redes sociais têm o potencial de nos fazer tão mal?
Quando se acessa às redes somos bombardeados por imagens de casais felizes, viagens incríveis, corpos sarados e festas badaladas. Elas mostram um mundo ‘perfeito’, mas a realidade é bem diferente. “Isso constrói nas pessoas a ideia de que a vida do outro é perfeita e quando não temos maturidade para entender que não existe a perfeição, começa o sofrimento. A pessoa acha que se ela fizer tudo que o outro está dizendo vai chegar naquele patamar de realização. Quando isso não acontece, vem a frustração e o sofrimento”, explica a terapeuta radiestesista Erika Thiele, do Instituto Plasma.
Comparação
Segundo Erika, um dos principais problemas que o uso excessivo das redes provoca é a comparação. “O perigo para quem vive comparando a própria vida com a dos outros é a frustração. A pessoa cria expectativas de ser o que não é, nem nunca será, porque cada um de nós é único. Essa comparação amplia a possibilidade de infelicidade”, afirma.
A terapeuta explica que esse mundo virtual, além de abrir um mar de possibilidades a serem exploradas, pode também aprisionar. “Se a pessoa não tem um bom filtro, pode passar a viver a vida do outro e ser influenciada por ele. O impacto disso para os adolescentes é ainda maior”, comenta.
Ninguém é feliz o tempo todo

Usar as mídias sociais de forma a minimizar os impactos negativos que ela tem sobre a nossa saúde é uma tarefa que requer disciplina, maturidade e autoconhecimento.
O primeiro passo é entender que todos somos únicos e que, por isso, as comparações não fazem sentido. “É preciso ter em mente que a perfeição não existe e, portanto, não existe uma vida perfeita. O conceito da impermanência pode ajudar: precisamos entender que ninguém está sempre feliz, nem sempre triste. Nada é para sempre: nem a tristeza, nem a felicidade”, explica a terapeuta.
Cuidado com as notificações
Desativar as notificações para evitar a ansiedade de ter que checar o celular o tempo todo é tão importante quanto limitar o tempo de uso. “No caso dos adolescentes, recomenda-se o acompanhamento dos pais. Converse com o seu filho e conheça o conteúdo que ele acessa. O diálogo é sempre o melhor caminho para a orientação”, afirma.
Viva fora da tela
Outras dicas fundamentais são não levar o celular para a cama na hora de dormir e acrescentar atividades de lazer que dispensem o uso do celular. “A chave é o equilíbrio. Se você sabe o tipo de informação ou conteúdo que te faz mal ou causa ansiedade, evite acessar esses perfis. Estabeleça horários para o uso do celular de forma recreativa e tenha outras formas de lazer longe das telas”, completa a terapeuta.
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Escolas de Elite no Brasil: Mensalidades que Chegam a R$ 15 mil e Custos de R$ 2,8 milhões

Recentemente, a renomada revista Forbes divulgou um levantamento que expõe os valores exorbitantes das mensalidades nas escolas mais exclusivas do Brasil, revelando que alguns colégios cobram entre R$ 9 mil e R$ 15.182. Essa quantia é mais comumente associada a cursos de graduação em Medicina, mas agora se aplica ao ensino fundamental e médio.
As taxas de matrícula para essas instituições podem alcançar até R$ 60 mil, levando o custo total para educar uma criança dos 2 aos 17 anos a impressionantes R$ 2,8 milhões. Essa realidade financeira é especialmente evidente nas capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, que dominam o ranking das escolas mais caras.
A Avenues, localizada em São Paulo, continua a liderar este ranking pelo segundo ano consecutivo. Para o ano letivo de 2025, a mensalidade nos anos finais do ensino atinge valores próximos a R$ 15 mil, totalizando aproximadamente R$ 180 mil apenas em mensalidades durante esse período escolar.
Em um contraste notável, o investimento do governo na rede pública de ensino gira em torno de R$ 20,5 mil por aluno anualmente, um montante quase nove vezes inferior às despesas enfrentadas pelos pais que optam pelas instituições privadas de elite.
A seguir, confira a lista das escolas com as mensalidades mais elevadas do Brasil:
- Escolas mais caras do Brasil (com base em dados da Forbes):
- Avenues (São Paulo): Frequentemente listada como a mais cara do Brasil, com mensalidades que podem ultrapassar R$ 15.000,00 no Ensino Médio. As matrículas também são elevadas, podendo chegar a valores bem altos.
- Graded (São Paulo): Uma escola americana com mensalidades que ultrapassam R$ 14.000,00 no Ensino Médio, sendo a segunda colocada em muitos rankings.
- Concept (São Paulo): Com mensalidades acima de R$ 13.000,00 no Ensino Médio.
- St. Paul’s School (São Paulo): Tradicional escola britânica em São Paulo, com valores elevados.
- St. Francis College (São Paulo): Outra instituição renomada com altos custos.
- Red House International School (São Paulo): Escola com proposta internacional e mensalidades altas.
Observações importantes:
- Valores: Os valores exatos podem variar dependendo da série (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio) e outros fatores. É sempre recomendável consultar diretamente as escolas para obter informações atualizadas sobre os valores.
- Matrículas: Além das mensalidades, as escolas mais caras geralmente têm taxas de matrícula elevadas.
- Localização: A maioria das escolas listadas está localizada em São Paulo.
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Advogada opina sobre novas medidas da Receita Federal para tributação de imóvei

A Receita Federal implementou uma nova regra que permite a atualização do valor de imóveis a preço de mercado, trazendo importantes implicações tributárias para proprietários de bens imóveis localizados no Brasil e no exterior. A recente Lei nº 14.973/2024, regulamentada pela Instrução Normativa nº 2.222/2024, oferece aos contribuintes, pessoas físicas, a opção de atualizar o valor de seus imóveis já declarados a uma alíquota de 4% sobre o ganho imobiliário.
De acordo com a nova regra, os contribuintes têm até 16 de dezembro deste ano para optar pela regularização e pagar o imposto com a alíquota, em tese, reduzida. O objetivo, segundo a instrução, é ajustar o valor dos imóveis declarados para mais perto da realidade do mercado, permitindo que os contribuintes evitem a tributação sobre ganhos de capital não ajustados no momento da venda.
Contudo, para Renata Bilhim, advogada tributarista e ex-conselheira do CARF, essa medida apresenta mais desvantagens do que aparenta. “Essa proposta pode parecer atrativa à primeira vista, mas há armadilhas. Você paga 4% agora, mas se vender o imóvel nos próximos anos, pode acabar pagando ainda mais do que no regime tradicional. Isso porque a redução de base de cálculo é gradual e só atinge seu potencial máximo em 15 anos”, explica.
Riscos envolvidos
De acordo com as regras tradicionais para pessoas físicas, os imóveis mantêm seu valor original nas declarações de imposto de renda, o que resulta em uma tributação mais alta sobre o ganho de capital ao serem vendidos. Esse ganho de capital é tributado entre 15% e 22,5% para pessoas físicas, refletindo a diferença entre o valor da venda e o custo original de aquisição. Já as empresas estão sujeitas a uma alíquota de 15%, com a possibilidade de um adicional de 10%, dependendo do tamanho da organização.
Para Renata, o governo pode estar utilizando essa nova medida como uma estratégia para aumentar a arrecadação de forma rápida, sem considerar o impacto no fluxo de caixa de muitos contribuintes. Nos primeiros 36 meses, não há nenhum benefício de redução da base tributária, o que significa que, ao vender o imóvel nesse período, o contribuinte estaria pagando 4% agora e ainda mais 15% a 22,5% na venda. “É uma falsa sensação de economia. Na prática, o contribuinte está antecipando o pagamento de um tributo sem obter, de fato, uma vantagem real”, ressalta a advogada.
Embora a iniciativa pareça atraente, é essencial que os contribuintes façam uma análise cuidadosa de prós e contras. Na maior parte dos casos, pode ser mais prudente seguir com o regime tradicional, pagando o imposto apenas no momento da venda, e não antecipando um valor que pode ser desnecessário a curto prazo. “Essa atualização pode ser um tiro no pé para quem não tem certeza de quando irá vender o imóvel”, aconselha Renata.
Planejamento cuidadoso
Agora, o imposto de 4% sobre o valor atualizado é uma alíquota fixa, mas Bilhim vê com ceticismo o impacto dessa atualização. “Parece vantajoso agora, mas se você não for manter o imóvel por um período de 10 a 15 anos, provavelmente pagará mais do que pagaria no regime tradicional”, alerta a especialista.
Ela reforça como a adesão a essa atualização deve ser muito bem planejada e acompanhada de análise criteriosa. “Pode não ser o momento ideal para todos, especialmente em um cenário econômico incerto. Sem um planejamento tributário eficaz, essa atualização pode gerar mais problemas do que soluções”, enfatiza.
Sobre Renata Bilhim
Renata da Silveira Bilhim é advogada tributarista há mais de 25 anos atuando nas áreas contenciosa e consultiva. Atuando como empresária, é sócia da Bilhim Educação e Consultoria Tributária, sócia da Bilhim Treinamentos, empresária e investidora no ramo da construção civil. Além disso, é ex-conselheira do CARF, palestrante internacional, Doutora em Finanças Públicas, Tributação e Desenvolvimento pela UERJ e professora convidada nos cursos de MBA da FGV, EMERJ, PUC e IBMEC.
É autora de inúmeros artigos e capítulos de livros, em destaque para os de sua integral autoria, como “Pragmatismo e Justificação da Decisão Judicial” e “Planejamento Tributário no CARF Pós-Zelotes”.
Para mais informações, visite o Instagram ou LinkedIn.
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Metade dos brasileiros mais ricos não investem
Uma pesquisa Ipec encomendada pelo C6 Bank revelou que 49% dos brasileiros das classes A e B não mantêm atualmente nenhum tipo de investimento. A pesquisa ouviu 1.000 pessoas com acesso à internet nesse estrato de renda. O hábito de poupar é menos frequente entre os idosos. Entre as pessoas das classes A e B com mais de 60 anos, 59% dizem não possuir nenhum tipo de aplicação financeira.
A pesquisa também mostra a aceitação dos brasileiros mais ricos por produtos e serviços financeiros digitais. A maioria (51%) dos brasileiros das classes AB diz possuir investimento em bancos ou plataformas digitais. O percentual chega a 59% na faixa etária de 35 a 44 anos.
Entre os entrevistados na faixa de renda mais alta, 64% se sentem confortáveis em receber assessoria sobre investimentos de forma digital.
Segundo a pesquisa, a maior parte do público de alta renda concentra investimentos nos novos concorrentes – 56% dos entrevistados da classe A e B dizem manter a maior parte dos recursos em um banco ou instituição sem agência física.
O percentual de brasileiros da classe A com investimento no exterior chega a 18%, patamar bem elevado se considerar que até bem pouco tempo atrás era muito complicado ter acesso a aplicações fora do país. Entre as pessoas pertencentes à classe B, essa fatia é de 12%.
Os investimentos no exterior são indicados para diversificar a carteira e proteger o patrimônio em caso de oscilações de mercado. “Ao lançar uma conta de investimento com saldo em dólar, quisemos dar a oportunidade de diversificação internacional para um público que não tinha essa opção”, diz Igor Rongel, head de investimentos do C6 Bank.
Outra conclusão é que 86% dos entrevistados no estrato de renda mais rico da população e que possui algum tipo de aplicação financeira aumentou o total investido nos últimos 12 meses. Entre eles, 66% fizeram novos aportes em produtos que eles já possuíam e 33% aplicaram recursos em novas opções de investimento.
A pesquisa C6 Bank/Ipec foi realizada entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Sobre o C6 Bank
O C6 Bank é um banco completo, lançado em 2019, que superou a marca de 20 milhões de clientes no Brasil em agosto de 2022. https://www.c6bank.com.br
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